O Flamengo foi mais eficaz nos penáltis (6-5) do que o Corinthians, do treinador português Vítor Pereira, e arrebatou na quarta-feira pela quarta vez a Taça do Brasil em futebol, num Maracanã em festa.
Numa prova que não contempla prolongamento, foram as grandes penalidades a decidir a 34.ª edição do troféu, depois do empate a um golo no Rio de Janeiro, nos 90 minutos, uma semana após o ‘nulo’ na Neo Química Arena, em São Paulo.
No Maracanã, o ‘mengão’ começou muito bem a segunda mão, adiantando-se logo aos sete minutos, por Pedro, mas, aos 82, Giuliano, que tinha sido lançado por Vítor Pereira aos 67, restabeleceu a igualdade.
No desempate, Filipe Luís falhou logo o primeiro pontapé do Flamengo, permitindo a defesa do Cássio, mas, depois de liderar por 2-0 e 3-1, o Corinthians acabou derrotado, por culpa dos falhanços de Fagner (à barra) e Mateus Vital (por cima), este último com 5-5, permitindo a Rodinei dar o título ao ‘Fla’.
O conjunto do Rio, que também está na final da Taça Libertadores, repetiu, assim, os sucessos de 1990, 2006 e 2013, deixando para trás o Corinthians (1995, 2002 e 2009) e igualando no terceiro lugar do ‘ranking’ o Palmeiras, que soma quatro cetros (1998, 2012, 2015 e 2020), o último sob o comando de Abel Ferreira.
Com tudo empatado, depois do ‘nulo’ registado na Neo Qímica Arena, em São Paulo, o Flamengo só demorou sete minutos a colocar-se em vantagem no ‘mítico’ Maracanã, repleto com cerca de 70.000 espetadores.
O uruguaio De Arrascaeta colocou a bola em Everton Ribeiro, que, já dentro da área, em posição central, isolou Pedro, para este, descaído sobre a esquerda, desviar a bola de Cássio.
O Corinthians tentou responder aos 15 minutos, mas Du Queiroz não conseguiu isolar Roger Guedes, enquanto o ‘Fla’ ameaçou o segundo aos 17, por De Arrascaeta, e aos 18, por Pedro, com o uruguaio a marcar, aos 34, mas após fora de jogo de Gabigol.
Até ao intervalo, destaque para um remate de Roger Guedes, que saiu por cima da barra, aos 45+4 minutos.
Na segunda parte, o treinador luso Vítor Pereira lançou Adson, retirando o ‘amarelado’ Lucas Píton, e foi o Corinthians o primeiro a criar perigo, por intermédio de Yuri Alberto, que, em boa posição, atirou muito ao lado, aos 52 minutos.
Os anfitriões poderiam, depois, ter ‘acabado’ com a final, mas De Arrascaeta, isolado por Gabigol, viu o seu remate ser detido por Cássio, aos 54 minutos, e, aos 58, após excelente jogada coletiva, o ex-benfiquista, mal servido, não conseguiu marcar.
No minuto seguinte, aos 59, foi o Corinthians a criar a melhor oportunidade do encontro, com Adson a cruzar da direita e Roger Guedes, à ‘boca’ da baliza, a desviar, incrivelmente, por cima da barra, ao colocar mal o pé na bola.
O ‘Fla’ voltou a ver um golo ser anulado aos 62 minutos, a Everton Ribeiro, por fora de jogo, e, depois, passou a dominar o Corinthians, com remates de Balbuena (72 minutos) e Roger Guedes (75), ambos à figura de Santos.
Aos 82 minutos, o conjunto de São Paulo conseguiu mesmo chegar à igualdade, pelo suplente Giuliano, que, com um remate já na pequena área, após um ressalto, apontou o seu quinto tento na prova, igualando o argentino Germán Cano (Fluminense).
Na parte final, a melhor ocasião pertenceu a Everton Cebolinha, que entrou aos 78 minutos, para se juntar aos também ex-benfiquistas David Luiz e Gabigol, e, aos 89, atirou por cima da barra, após derivar da esquerda para o meio.
O primeiro a brilhar nos penáltis foi Cássio, ao parar o pontapé inaugural do Flamengo, do experiente Filipe Luís, mas, depois, Fagner (à barra) e Mateus Vital (por cima) impediram o Corinthians de arrebatar o troféu.
Como consolação, o conjunto de Vítor Pereira teve o melhor guarda-redes (Cássio) e o melhor marcador (Giuliano) da prova, com De Arrascaeta a conquistar o prémio de melhor jogador.
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