As autoridades brasileiras vão autorizar que a final da Copa América de futebol tenha 10% de lotação, com os convidados a terem de apresentar um teste negativo ao novo coronavírus.
O secretário de saúde da cidade do Rio, Daniel Soranz, deu hoje diretrizes para autorizar uma taxa de ocupação até 10% da capacidade do estádio Maracanã, que é de 78 mil lugares, não sendo vendido qualquer ingresso para a partida entre Brasil e Argentina.
Soranz justificou essas diretrizes com um pedido da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), que exigiu que todos os espetadores presentes na final tenham de ser portadores de um exame negativo ao coronavírus para entrar no estádio.
“Haverá uma grande distância entre as pessoas e todos os espetadores serão convidados pela CONMEBOL”, disse o Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Pais, numa conferência de imprensa.
A CONMEBOL tinha informado que cada seleção presente na final pode trazer 2.200 convidados para a final, mas os espetadores deveriam usar máscaras e manter uma distância de dois metros entre si, não sendo permitidos alimentos e bebidas.
O estádio do Maracanã tinha recebido cerca de 60.000 espetadores na final da edição anterior da Copa América, em 2019, na qual o Brasil venceu o Peru por 3-1.
Em janeiro, no Maracanã, a final da Libertadores de 2020 entre o Palmeiras e o Santos contou com a presença de cerca de cinco mil espetadores, mas todos concentrados e sem respeito pelas normas de distanciamento social.
O Brasil concordou em organizar a Copa América a apenas duas semanas do início da competição, após as desistências da Colômbia e Argentina, que alegaram razões políticas e de saúde, mas os brasileiros em geral mostraram desinteresse pelo torneio enquanto o país sofre com a pandemia.
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