O treinador Carlos Queiroz revelou hoje a confiança de que o seu Egito e os Camarões vão proporcionar, na quinta-feira, uma meia-final da Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol capaz de projetar internacionalmente o valor do continente.
“É uma oportunidade para mostrarmos que o futebol em África está vivo e tem muito para oferecer ao mundo”, vincou o técnico luso, que não escondeu a “honra e privilégio” por atingir esta fase da prova.
O Egito é o recordista de triunfos na CAN, com sete títulos em 32 edições, contudo não ganha a prova desde 2010, pelo que o êxito atual é uma “recompensa pelo esforço e sacrifício” de todo o seu grupo de trabalho.
“Estamos preparados para dar as mãos com a seleção nacional dos Camarões e produzir um grande espetáculo de futebol, causando um bom impacto não apenas nos Camarões e no Egito, mas também na comunidade futebolística internacional”, reforçou.
Como adversário terá a seleção anfitriã da prova, que é orientada pelo compatriota António Conceição, de uma “geração mais nova”, enquanto Queiroz se assume como um “dinossauro”.
“Está a tornar-se muito comum encontrar treinadores portugueses bem-sucedidos em todo o mundo. O António é um grande profissional e é sempre especial ver portugueses dos dois lados. É uma honra, porque não estamos a representar apenas os países que servimos, é também um tributo ao que o futebol luso está a fazer por todo o mundo”, congratulou-se.
Queiroz revelou “respeito” pelo valor dos Camarões, contudo nega qualquer tipo de receio: “é exatamente o tipo de palavras que erradicámos do nosso dicionário”.
“Palavras como ‘medo’ não existem para nós. No nosso dicionário de futebol o que existe é a palavra respeito. Respeito pelos Camarões, que têm feito uma excelente campanha, que têm uma linha avançada muito forte. Mas estamos preparados”, garantiu.
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