A advogada que representa a União de Leiria SAD não reconheceu alguns dos credores, pelo que «não chegou a existir qualquer perspetiva de entendimento» entre os credores e a sociedade anónima, que enfrenta um processo de revitalização.
Segundo a mesma fonte, a SAD «nem sequer apresentou uma proposta para pagamento das dívidas», porque «a nova administração não conhece os credores», tendo a juíza alertado que a SAD terá de assumir as dívidas contraídas pela anterior administração, independentemente de conhecer ou não os credores.
Após falhada a tentativa de conciliação, o administrador judicial provisório de insolvência e a SAD vão negociar com os credores, e caso exista acordo com 50,1 por cento dos credores, será convocada uma assembleia de credores para votar a viabilização da sociedade anónima desportiva.
Caso as negociações falhem, o processo de revitalização não avança e a SAD terá então de responder ao pedido de insolvência reclamado em tribunal, em março deste ano, por uma agência de viagens de Fátima, por uma alegada dívida de 162 mil euros.
A Lista Provisória de Créditos relativa ao pedido de insolvência da União de Leiria SAD inclui 107 credores, que reclamam o pagamento de uma dívida que ascende a 13,5 milhões de euros, valor contestado pelo presidente da sociedade.
Segundo o documento consultado pela agência Lusa, que integra o processo de insolvência da SAD, os credores reclamam o pagamento de um total de 13.507.891,54 euros.
O Estado é o maior credor da União de Leiria SAD, com um quarto daquele valor, pouco mais de 3,265 milhões euros por dívidas em sede de IRS e IVA, além dos respetivos juros.
Como segundo maior credor da SAD apresenta-se o ex-presidente, João Bartolomeu, que pede a devolução de 300 mil euros emprestados a título pessoal e reclama, através das empresas Materlis e B-Investimentos, de que é titular, 1,475 e 1,356 milhões de euros, respetivamente.
A Lista Provisória de Créditos integra 25 jogadores de futebol, uma dezena de treinadores e ainda clubes, médicos, funcionários da SAD, escritórios de advogados, bancos, empresas de jardinagem e turismo, empresários de jogadores, entre outros.
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