O Olhanense defendeu hoje a realização de um ‘play-off' como método mais justo para apurar quem sobe à II Liga de futebol, na sequência do cancelamento do Campeonato de Portugal, afirmou à Lusa o presidente da SAD.
"O Campeonato de Portugal deve ser decidido em campo e a decisão da subida deve passar por um ‘play-off' com as melhores equipas, sejam elas quatro ou oito. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deve olhar para a meritocracia dentro do campeonato", disse Luís Torres.
A FPF justificou hoje o fim dos campeonatos seniores não profissionais de futebol e futsal com o facto de não estarem reunidas "as condições de saúde pública para que clubes com estruturas amadoras, como é próprio das provas em que participam, possam treinar e competir em segurança" e acrescentou que "analisará e comunicará com a maior brevidade possível de que forma serão indicados os dois clubes que acedem à II Liga de futebol".
À data da suspensão dos campeonatos, o Vizela, líder da Série A, somava 60 pontos, o Arouca, primeiro classificado na Série B, 58, o Praiense, comandante da Série, 53, e o Olhanense e o Real, os dois primeiros na Série D, 57, após 25 de 34 jornadas.
O presidente da Olhanense SAD referiu à Lusa que "não seria lógico" atribuir as vagas de subida às duas equipas com mais pontos, tratando-se de uma competição com quatro séries.
"Há outros métodos. Uma subida na secretaria não pode ser decidida com base em pontos. Se fosse uma só série, era justo. Havendo quatro séries, que não são iguais, seria ilógico eleger duas equipas com base na sua pontuação atual", considerou.
Luís Torres sublinhou entender a conclusão da fase regular Campeonato de Portugal, uma vez que, face à situação atual do país e o seu futuro próximo, "não restaria o arco temporal necessário para a realização das restantes nove jornadas", mas ressalvou que a decisão da subida deve ser feita em campo.
Já em relação à situação dos jogadores, que têm "salários e subsídios em dia" e continuam a treinar-se sozinhos, com base nas indicações da equipa técnica liderada por Filipe Moreira, a situação "mudou muito pouco", embora estejam em estudo várias opções na sequência das negociações entre FPF e Sindicato dos Jogadores.
"Os jogadores portugueses regressaram às suas terras e os jogadores estrangeiros estão em Olhão, em apartamentos nossos, com condições de vida básicas asseguradas. Mas, enquanto não houver essa decisão final da FPF, e havendo esperança na realização do ‘play-off', vamos ter de esperar", sustentou o líder da SAD algarvia.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil. Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se 380 mortes e 13.141 casos de infeções confirmadas, dos quais 196 já recuperaram.
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