Em causa está a compra do referido terreno por parte do clube à Câmara Municipal de Aveiro, alegadamente por 1,2 milhões de euros, e vendido no mesmo dia, pelo Beira-Mar, por cerca de 2,5 milhões de euros.
O comunicado do clube aveirense esclarece que a compra do terreno “foi realizada no âmbito do Protocolo celebrado entre as duas entidades e aprovado pelo Executivo Camarário, pela Assembleia Municipal de Aveiro e pela Assembleia Geral de Sócios do Clube”.
“A alienação do referido prédio a uma terceira entidade, que ocorreu na mesma data, foi realizada pela CA do SCBM mandatada para o efeito pela Assembleia Geral do Clube”, sublinha ainda o nota informativa.
As condições do negócio são descritas no documento, mas o Beira-Mar considera que “a mais-valia que conseguiu encaixar ficou muito aquém das expectativas iniciais” e que não pôde “adiar mais a concretização da venda do terreno, pois o clube estava financeiramente asfixiado”.
O Beira-Mar esclareceu também a questão do cheque envolvido na transacção, frisando que “solicitou à Autarquia que aguardasse quatro dias para proceder ao desconto do cheque de forma a garantir a sua cobertura, nunca tendo sugerido ou insinuado à CMA que deixasse passar o respectivo prazo de desconto”.
O clube aveirense acrescenta ainda que “o cheque foi, por lapso e não por qualquer outro motivo, entregue com duas assinaturas, mas é totalmente falso que tal fosse impeditivo do seu desconto”.
O Beira-Mar prontifica-se agora a proceder ao pagamento do montante em falta, “estando dependente do desconto por parte de entidade bancária de uma letra aceite pelo comprador, como forma de pagamento de outra parte do montante pelo qual o terreno foi vendido”.
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