O Valadares Gaia, equipa sensação na Taça de Portugal de futebol feminino e que milita no campeonato de promoção da II divisão, vive «com entusiasmo» a presença na final da prova, agendada para domingo, frente ao histórico Boavista.
«Dentro do clube vivem-se momentos de grande alegria, que já vêm do final do jogo da meia-final, quando fomos apurados. Vivem-se momentos de alegria, de entusiasmo e de muita crença de que podemos ganhar, já que estamos na final», disse à agência Lusa Mara Vieira, técnica do Valadares Gaia.
Para Mara Vieira, o facto de a equipa estar na final «é uma coisa única», já que se trata de um clube novo «que só surgiu este ano», apesar de contar no seu plantel com as experientes veteranas do futebol feminino nacional Carla Couto e Edite Fernandes, que, de acordo com a técnica, são «jogadoras muito importantes e acrescentam a sua experiencia à inexperiência» das restantes.
«Para já tudo está calmo. Continuamos com o trabalho normal da semana, com três treinos. [As jogadoras] Estão a fazer o trabalho delas. Ficaram eufóricas quando se apuraram, mas sabem que têm de treinar e fazer tudo para estarem preparadas para isto. Sabemos que vai ser muito difícil para nós, não temos qualquer história nesta prova e vamos com a crença que vamos disputar a final», sublinhou.
A técnica da equipa, que se encontra no segundo lugar da fase do campeonato de promoção da II divisão, considera que o segredo da caminhada do Valadares na Taça de Portugal foi encarar cada jogo como se de uma final se tratasse, criando uma «certa expectativa e crença» há medida que se iam passando fases e eliminando equipas da I divisão.
Já o treinador do Boavista, Ivan Batista, considera que a equipa “axadrezada” não parte para o jogo como «favorita», sublinhando que «não há favoritos numa final».
«Não há favoritos, muito mais numa final da Taça. Foi essa mensagem que passei na meia-final, contra o Ouriense, primeiro classificado e possível campeão, que na altura ainda não era. Nos jogos de Taça é difícil haver favorito à partida. O jogo tem de se resolver em 90 minutos, em 120 ou a penáltis», afirmou à Lusa.
Apesar do Valadares estar a jogar na II divisão, Ivan Batista lembra que a formação tem «excelentes jogadoras» e que a sua equipa «não pode cair no erro de se achar favorita».
«Sabemos que temos fortes possibilidades de ganhar, sabemos que o Valadares também tem as suas qualidades e certamente vai fazer uso delas», explicou o técnico, revelando que a preparação da sua equipa tem sido idêntica à que faz para os outros jogos.
«A motivação e a concentração das atletas é outra, a equipa está confiante e um jogo de Taça é um jogo de Taça, ainda mais uma final. Todas elas têm aspirações em fazer um bom jogo esperamos que corra bem», frisou.
«Se há terceira não foi de vez», como brincou Ivan Batista, «pode ser que seja na quarta participação do Boavista na final da Taça que o trofeu vá para a equipa axadrezada: para mim e para algumas jogadoras é a primeira vez, para o clube a quarta. Tarda em chegar a taça a casa, vamos fazer os possíveis para ver se é desta a vez que conseguimos trazer a medalha de vencedor e a taça em si».
Boavista ou Valadares vão suceder no historial do troféu ao 1º de Dezembro, que venceu sete das nove edições disputadas. Marítimo Murtoense, na época 2004/05 e, Escola FC, em 2008/09, foram os outros vencedores.
A final da Taça de Portugal de futebol feminino está agendada para as 17h00 de domingo, no Estádio Nacional, Jamor, e será arbitrada por Berta Tavares.
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