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O estádio do Restelo recebe esta noite a final feminina.
As suecas do Tyreso contam com várias nacionalidades de apoiantes na final da Liga dos Campeões de futebol feminino, a decorrer em Lisboa, frente aos adeptos alemães do Wolfsburgo.
No Estádio do Restelo, a claque germânica concentra-se no apoio às campeãs em título, na bancada do recinto "azul", como é o caso de Stephanie Grebig, que, de cachecol do Bayern Munique ao pescoço, esperava visitar a capital portuguesa por outro motivo.
"Esperava estar cá por causa do Bayern, mas o Real Madrid foi mais forte. Assim, vim apoiar o Wolfsburgo, que é o clube da minha cidade. Espero que ganhe a melhor equipa e que a melhor equipa seja o Wolfsburgo, porque queremos levar o troféu novamente", explicou a adepta alemã, em declarações à agência Lusa.
Ainda antes da final, e também do concerto do angolano Anselmo Ralph, ouve-se falar português, com sotaque brasileiro, nas bancadas.
"Não conhecemos o adversário do Tyreso, porque no Brasil e no Mundo o futebol feminino não tem muita atenção da comunicação social. Por exemplo, aqui em Lisboa, onde estamos há três dias, vemos locais enfeitados com símbolos do Atlético e do Real [que no sábado vão disputar a final da Liga dos Campeões masculina], mas nada do Tyreso ou do Wolfsburgo", lamentou Selito Bordin, pai da jogadora do emblema sueco Mayara.
O irmão da médio brasileira, Rodrigo Bordin, revelou o seu otimismo na primeira conquista europeia do Tyreso.
"Quero que o Tyreso vença, porque, além da Mayara, tem outras quatro jogadoras brasileiras", frisou.
A espanhola Veronica Boquete é que conta praticamente com uma claque só para si.
"Saímos hoje às seis da manhã de Santiago de Compostela e apanhámos várias galegas pelo caminho. Ao todo, somos 80, e vamos embora logo depois do jogo. Apoiamos o Tyreso e especialmente a Vero Boquete, porque é uma enorme referência do futebol galego", explicou à Lusa Uxía Parcero.
A adepta galega, que cumpre hoje 33 anos, salientou o mérito do clube sueco na chegada à final, "apesar da grave crise financeira que vai obrigar à saída de várias jogadoras, como a Marta, a Vero e outras".
"Nós somos quase todas futebolistas, também vieram algumas ex-futebolistas, mas todas nos identificamos com a Vero, que é uma enorme lutadora pela igualdade e uma excelente bandeira do futebol feminino e da Galiza", rematou a aniversariante e porta-voz da mais ruidosa claque no Restelo.
As alemãs do Wolfsburgo, detentoras do título, defrontam as suecas do Tyreso, na final da 13.ª edição da Liga dos Campeões feminina, num encontro que vai ser arbitrado pela ucraniana Kateryna Monzul.
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