O selecionador do Gabão, o antigo internacional português Jorge Costa, disse hoje acreditar que a sua seleção, não estando no lote das favoritas, pode ser uma das surpresas da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN).
“Eu gostava que o Gabão fosse uma das surpresas da competição e vamos lutar por chegar o mais longe possível. Não somos nem de perto nem de longe um dos favoritos, mas quando se chega a uma competição como esta tudo pode acontecer”, disse hoje Jorge Costa, em declarações à agência Lusa.
Para Jorge Costa, o Gabão, que integra o grupo A juntamente com Burkina Faso, Congo e Guiné Equatorial, é “uma equipa jovem, sem grande experiência internacional”, o que não lhe “retira a qualidade que tem nem cria qualquer tipo de pressão adicional”, tendo em conta que se trata de uma seleção que “está a ser criada de base e que tem uma média de idades de 22 a 23 anos”.
Passar a fase de grupos da prova, que se realiza de 17 de janeiro a 12 de fevereiro, na Guiné Equatorial, é o objetivo primeiro do treinador português.
“Já o era antes do sorteio e depois deste sorteio instalou-se aqui uma grande euforia pelo facto do grupo que nos calhou não ter nenhuma das seleções mais cotadas em África”, afirmou.
Jorge Costa lembrou que o Gabão fez uma fase de qualificação “muito boa”, na qual somou “três vitórias e três empates” e que esta é “a quarta participação na fase final da CAN, uma por ter sido o país organizador e outras três por apuramento direto”.
“O mais difícil, que foi a qualificação para a fase final, foi conseguido. O Gabão enfrentou alguns problemas, mas neste momento é uma equipa estável e vamos lutar por chegar o mais longe possível”, disse Jorge Costa, para quem outro dos potenciais ‘outsiders’, candidato a uma das surpresas da prova, é o Senegal.
Seja como for, não se queixa do resultado do sorteio e ressalva que “havia grupos piores”, mas deu “o exemplo da prestação de Portugal no Mundial, num grupo em que era favorito a passar, e acabou por ficar pelo caminho”.
“Por isso temos de ter todo o cuidado com os adversários do nosso grupo, que chegaram aqui por mérito próprio, apesar de não serem das seleções com mais nome no futebol africano”, alertou.
Numa breve análise aos adversários, Jorge Costa destaca o teoricamente mais difícil, o Burkina Faso, que “é uma equipa fortíssima e uma das potências do futebol africano”.
“Apanhámo-los na fase de qualificação. Ganhámos em casa e empatámos fora. A Guiné Equatorial é uma incógnita, foi suspensa da fase de qualificação por irregularidades e não sei que tipo de seleção irá apresentar”, afirmou.
Da seleção do Congo, Jorge Costa não tem muitas referências, mas acredita que “o grupo é equilibrado, diria até perigoso, porque, com exceção feita do Burkina Faso, as outras duas não têm nomes e podem complicar”.
Questionado sobre se votou em Cristiano Ronaldo para vencedor da Bola de Ouro, o antigo central do FC Porto não abriu o jogo: “O meu voto foi dado e brevemente irão saber em que votei”.
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