Um dia depois de ser eleito presidente do Vitória de Setúbal, Carlos Silva salientou esta terça-feira, na cerimónia de tomada de posse da direção para o triénio 2020-2023, a importância da união dos sócios do clube.
Na sessão, que decorreu no Fórum Municipal Luísa Todi, o jurista, de 61 anos, admitiu que tem pela frente uma missão de extrema dificuldade.
“Preocupa-me muito mais o momento presente, porque se não o tivermos não teremos futuro. Para o conseguirmos, é necessária a unificação dos sócios. Todos somos poucos para salvar o Vitória”, vincou.
Carlos Silva, que chegou a emocionar-se durante o discurso que fez perante uma plateia de cerca de 150 pessoas, deixou a garantia de tudo fazer para devolver o clube ao seu lugar.
“Não prometo nada, apenas trabalho que será feito com dignidade, respeito e honestidade, porque só dessa forma o Vitória será salvo. Para que isso aconteça temos todos de incutir o espírito vitoriano nos nossos descendentes”, disse.
Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, frisou também a importância de não existir divisão no universo vitoriano.
“O mais difícil começa agora. O Vitória precisa de paz, estabilidade, unidade e ausência de ruído”, disse, lembrando que “em todos os momentos a Câmara foi o mais estável parceiro do clube”.
A autarca elogiou a coragem dos órgãos sociais empossados, destacando a árdua missão que têm pela frente.
“Estamos perante homens e mulheres que no momento mais difícil da história do Vitória se uniram para procurar soluções que permitam que esta instituição continue a ser enorme. Perante os desafios é preciso perceber que não há soluções milagrosas”, referiu.
Em representação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), José Couceiro, antigo treinador do Vitória de Setúbal, não escondeu a sua apreensão pelo atual momento que o clube vive.
“A situação é muito delicada. Tenho tido contacto com alguns jogadores que estão numa situação muito difícil. O triângulo Vitória, Câmara, cidade é essencial. Sejam uma equipa, não se dividam, tenham unidade para sair deste momento tão difícil”, disse.
Apesar de estar presente na tomada de posse como representante institucional, José Couceiro confessa que existe uma ligação sentimental ao clube em que treinou pela primeira vez em 2004/05.
“Estou aqui em representação do presidente da FPF, mas não deixo de ter um sentimento de gratidão ao Vitória. Serei sempre um elemento neutro na competição, mas não posso ser em relação à paixão e sentimento”, admitiu.
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