Bubista sente-se frustrado por não ver uma equipa cabo-verdiana a participar nas provas de clubes a nível africano. O treinador do Mindelense espera ver, num futuro próximo, o campeão de Cabo Verde a ombrear com os melhores de África. Mas para isso é preciso resolver o principal problema: dinheiro.
«A situação é delicada porque o problema é financeiro. As equipas de topo de Cabo Verde têm condições desportivas para disputar os jogos com as equipas africanas mas financeiramente ficamos quase sem hipótese», sublinhou Bubista, que dá um exemplo de como o problema financeiro afeta tudo.
«Se apanhares uma eliminatória onde tens de ir defrontar uma equipa do Norte de África, praticamente ficas sem espaço de manobra para ir lá jogar. As ajudas do Governo não dão nem para fazer a viagem. Com isso não tens condições para lá ir», sublinha.
Mas essa é uma barreira que o técnico dos “leões” da Rua da Praia quer ver ultrapassada a breve prazo, de modo a dar mais competitividade aos jogadores nacionais.
«Esperemos ter, no futuro, condições para ir disputar as provas da CAF. Porque é frustrante ser campeão e não pode jogar a nível de África. Assim nunca iremos ter condições para os jogadores residentes entrarem na seleção nacional com regularidade», lembrou.
O treinador do Mindelense recorda a importância de os jogadores que atuam em Cabo Verde mostrarem o seu valor em África, de modo a terem mais hipóteses de chegarem aos Tubarões Azuis.
«Todos os jogadores da seleção A são profissionais, são jogadores de outro gabarito. Se não consegues nem sequer competir a nível de clubes no continente africano, fica difícil ter jogadores residentes na seleção de Cabo Verde. Eles ficam excluídos, não por falta de qualidade mas por outras questões que tem a ver com a competitividade. Há diferenças entre um jogador profissional e um que joga em Cabo Verde, o nível competitivo é diferente», sublinhou Bubista.
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