Uli Hoeness, que cumpriu cerca de dois anos de prisão na Alemanha por fraude fiscal, foi hoje reeleito presidente do Bayern de Munique, enquanto candidato único.
“Cometi uma negligência grave, é indiscutível. Por isso, respeito cada pessoa que esta noite não votar em mim devido a esta falha. Fiz tudo para reparar a minha culpa. Paguei a minha divida ao fisco até ao último centavo”, comentou.
A antiga estrela do clube bávaro nos anos 70 foi ‘convidada’ a recuperar a liderança do clube, conseguindo-o por grande maioria, pois apenas 108 votaram contra si, num universo de 6.000 votantes.
“E agora estou aqui. Peço-vos uma segunda oportunidade e prometo que vou fazer de tudo para corresponder às vossas expectativas”, disse, perante os adeptos que o aclamaram.
A função de presidente do Bayern Munique envolve uma atividade de coordenação e acompanhamento, uma vez que a gestão diária do futebol dos bávaros tornou-se um próspero negócio que continuará a estar a cargo de Karl-Heinz Rummenigge, que ocupa o cargo de diretor executivo, o órgão executivo do clube.
Os dois dirigentes ajudaram o Bayern Munique a tornar-se num dos mais prósperos e bem-sucedidos clubes do mundo.
Hoeness é também dono de uma empresa de processamento de carnes, sendo que o seu crime fiscal se deveu ao facto de não reportar às autoridades alemãs um rendimento de 28 milhões de euros em conta na Suíça.
Em 2014, foi condenado a prisão e renunciou à presidência do clube, tendo cumprido 21 meses de encarceramento, cerca de metade sob um regime de liberdade condicional, passando apenas as noites na cadeia.
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