O presidente do Schalke 04, o milionário Clemens Tonnies, abandonou hoje o cargo, que ocupava há quase duas décadas, devido à pressão dos adeptos e também por causa de um problema com a covid-19 na sua empresa.
“Clemens Tonnies desempenhou nos últimos 20 anos num papel decisivo no posicionamento do Schalke 04 como um dos pesos pesados desportivos e económicos da Bundesliga”, lê-se no sítio oficial do clube na Internet, num comunicado assinado pelo conselho de administração.
Tonnies, de 64 anos, é conhecido como o ‘barão da carne’ na Alemanha, por ser um dos donos da empresa que lidera esse setor empresarial no país há vários anos.
Na semana passada, uma das fábricas de Tonnies, em Gutersloh, no norte da Alemanha, passou a ser o maior foco do novo coronavírus no país desde o início da pandemia, com 1.500 trabalhadores a testarem positivo e 7.000 a serem colocados em quarentena.
Por essa razão, toda zona de Gutersloh foi obrigada a reentrar em confinamento, com todas as escolas a terem novamente de fechar, assim como lojas e restaurantes.
Por causa do surto, o empresário tem sido altamente criticado pela população germânica e também pelo próprio governo, mesmo depois de já ter pedido desculpa pelo episódio.
Na última jornada da Bundesliga, 1.500 adeptos do Schalke 04 formaram um cordão de protesto à volta do estádio do clube, horas antes de a equipa perder por 4-0 no campo do Friburgo, naquele que foi o 16.º jogo seguido sem vencer na competição.
Mesmo assim, o Schalke 04 terminou a prova no 12.º posto, oito pontos acima da zona de despromoção.
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