O futebolista internacional francês Ousmane Dembélé lamentou hoje a saída do treinador Thomas Tuchel do Borussia Dortmund, manifestando-se “desapontado” pelo seu despedimento, que ditaria a chegada do holandês Peter Bosz.
“Estou desapontado, porque é um treinador que realmente confiava em mim. Ele estava sempre lá para mim e apoiou-me muito", desabafou o jovem de 20 anos à Sky Sport Alemanha.
O atleta, oriundo do Rennes, revelou como era a sua relação com Tuchel: “Ríamos muito juntos, mas às vezes ele era muito duro comigo”.
“É um ótimo treinador com quem tive grandes momentos (…) mas é assim, a nossa administração decidiu pela sua saída, o futebol é assim”, resignou-se.
A decisão da direção do Borussia Dortmund em disputar o desafio da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões com o Mónaco (2-3) menos de 24 horas após o autocarro da equipa ter sofrido um atentado, que levou o espanhol Marc Bartra ao hospital, terá sido importante na rotura entre o técnico e o clube.
“Ninguém estava em estado de realizar esse jogo. Falámos muito entre nós e muitos não queriam jogar, na verdade toda a gente. O treinador estava completamente connosco, não tinha cabeça para um jogo de futebol. Mas não pudemos fazer nada, a decisão foi tomada. Tivemos de jogar”, lamentou.
Bartra ficou lesionado quando explodiram três bombas junto ao autocarro que transportava a equipa, sendo o único jogador a sofrer ferimentos na cara e num dos braços, tendo que ser submetido a uma intervenção cirúrgica que o afastou dos relvados por um mês.
Tuchel chegou ao Dortmund em 2015/16 e deixou o clube um ano antes de terminar contrato, mesmo conseguindo a qualificação direta para a Liga dos Campeões e vencendo a Taça da Alemanha.
O técnico estava em rutura com o diretor desportivo, Hans-Joachim Watzke.
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