Marc Bartra é um homem mudado. O defesa espanhol vê a vida com outros olhos, depois de ter sido alvo de um atentado terrorista.
Em entrevista ao jornal espanhol Marca, o defesa espanhol considera que o ataque mudou a sua perspectiva das coisas.
"Mudou-me em muitas coisas. A maneira de vê-las. A forma de valorizar o que é verdadeiramente importante e o que não é. Estás a fazer o teu dia-a-dia, não esperas [que isto aconteça]. Nunca sabes quando te pode calhar. É a motivação de viver, de valorizar mais as coisas. É uma pena que tenha de passar por algo tão forte para te preocupares mais, mas se o consegues superar, faz com que vivas e te expresses muito mais", afirmou o jogador, que diz queo o regresso aos treinos foi inesquecível.
"Foi dos melhores momentos que já vivi. É o que gosto de fazer e que me dá o melhor. Aliás, tinha todo o carinho que me deu toda a gente. O regresso foi incrível", revelou Bartra, que não vai perdoar o seu atacante.
O jogador continua a acreditar nas pessoas.
"Há que fazer desaparecer o medo. Para podermos seguir em frente com as nossas vidas. Somos muito mais as pessoas boas e que querem a paz do que as pessoas más. Oxalá que isto possa acabar", referiu o jogador, que viveu com aflição o atentado em Barcelona.
"Estava na Alemanha a ver pela televisão, mas foi como se estivesse lá. Eram as ruas que eu tinha caminhado muito, sobretudo quando era menos conhecido. Tenho família e amigos que passam todos os dias por ali", afirmou o jogador.
"Estava nervoso, a ligar aos meus para saber se estavam todos bem. E depois, fiquei muito triste por ver o que estava a passar nos sítios em que vivi muitas coisas durante vários anos".
Marc Bartra vive uma aventura no Borussia Dortmund e não podia estar mais contente com os adeptos que representam.
"Têm um amor e uma paixão pelo clube incondicional. Sentem que é seu, vão ao estádio sabendo que fazem parte do que ali se vive e do que se cria", disse o central, que aprendeu muito com o futebol alemão.
"Estou a viver uma liga muito competitiva, muito física e intensa. Não podes relaxar nunca. As equipas alemãs não se rendem nunca. Aprendes a estar concentrados nos 90 minutos porque em qualquer momento acontecem coisas. Estão a perder dois ou três a zero e continuam a lutar", explicou.
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