A saudação miliar efetuada pelos jogadores da selecção principal da Turquia nas celebrações dos seus golos no triunfo de sexta-feira sobre a Albânia, por 1-0, e no empate de segunda-feira, 1-1, ante a França, continua na ordem do dia.
Este gesto é visto como uma clara referência de apoio à ofensiva militar que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ordenou contra as posições das milícias curdas no nordeste da Síria e tem sido alvo de forte reprovação nos mais variados quadrantes.
Agora foi a vez da Alemanha, que conta com cerca de 2,5 milhões de habitantes de nacionalidade turca entre a sua população, lançar o alerta, depois de já no passado fim-de-semana se ter assistido na Baviera a dois casos em que equipas realizaram a mesma saudação após marcarem golos em jogos de Ligas locais. Gestos que levaram as Associações de Futebol da Baviera e da Alemanha do Norte a deixarem um claro aviso.
"Insultos e provocações não têm lugar nem dentro, nem fora de campo, pelo que não serão tolerados", frisou Guenter Distelrath, Presidente da Associação de Futebol da Alemanha do Norte (NFV), em declarações à AFP.
Em comunicado, também a Associação de Futebol da Baviera (BFV) prometeu "pesadas sanções" contra os "jogadores que se aproveitem do futebol para efetuarem provocações com motivações políticas".
Ainda na Alemanha, os internacionais Emre Can e Ilkay Gundogan, de ascendência turca, pediram desculpa depois de terem feito um 'Like' numa foto que mostrava a saudação realizada pelos jogadores turcos frente à Albânia. O director-técnico da Federação Alemã de Futebol (DFB), Oliver Bierhoff, afirmou que ele e o seleccionador principal, Joachim Löw, estavam a par da situação e que os atletas "sabiam que tinham cometido um erro".
"Eles são modelos para milhares de pessoas, que os seguem nas redes sociais e têm de ter a consciência disso", concluiu Bierhoff.
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