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O jornalista Yuri Bobeck analisa a última ronda do Brasileirão e a inédita queda do Cruzeiro.
Valeu até a última jornada. Num dos campeonatos de futebol mais imprevisíveis do planeta, talvez o mais incerto mesmo, o Brasileirão’2019 chegou ao fim e com todos os sentimentos à flor da pele. O êxtase, o alívio, a angústia, e a dor da queda para a segunda divisão.
O já campeoníssimo Flamengo, pulverizador de todos os recordes do campeonato, fez feio na despedida e foi impiedosamente goleado por 4-0 por um Santos que honrou o vice-campeonato. Gabriel, o Gabigol, foi mais vez o melhor marcador, repetindo o feito da época passada. Com os 25 fomos de 2019, teve atrás de si possivelmente o melhor jogador deste Brasileirão, o extremo Bruno Henrique. Há quem diga que a dupla não permanecerá na Gávea para 2020. Gabriel tem várias propostas da Europa e Bruno Henrique pode rumar ao milionário futebol chinês.
Mas todas as atenções para esta última ronda estavam nos jogos que envolvia o último lugar no comboio dos despromovidos. Ceará e Cruzeiro a decidir quem iria se juntar ao CSA, Chapecoense e Avaí. Enquanto na primeira parte o Ceará perdia por 1-0 para o Botafogo, o Cruzeiro empatava a zero com o Palmeiras perante uma multidão azul no Mineirão. Bastava vencer para que os mineiros não caíssem pela primeira vez na história. Mas o destino não foi redentor para o Cruzeiro, que viu o Palmeiras fazer 2-0 na segunda parte e o Ceará empatar o jogo no Rio de Janeiro. E assim, após 98 anos de uma rica história, o Cruzeiro jogará a segunda divisão nacional. Ao fim do encontro em Belo Horizonte, tristes cenas de violência que fizeram o encontro ser encerrado antes dos 90 minutos. A desorganização e o amadorismo no futebol moderno pagam-se caro. Para os cruzeirenses, que 2020 passe o mais depressa possível.
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