Um dos patrocinadores da seleção brasileira de futebol informou hoje que rescindiu contrato com a ‘canarinha’, para evitar que a sua imagem fique associada às acusações de corrupção contra os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A subsidiária da multinacional P&G no Brasil informou hoje que a Gillette rescindiu, em junho, o contrato que previa o pagamento anual de cinco milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros) à CBF, que coincidiu com uma série de denúncias contra os dirigentes da entidade.
Em comunicado emitido pela P&G Brasil, a empresa alega que ativou uma cláusula no contrato que prevê a rescisão “em caso de haver algum feito que possa pôr em risco a preservação da imagem da companhia”.
Por sua parte, a CBF assegurou que a “descontinuidade da colaboração não tem nenhuma relação com o quadro político existente” e atribuiu o fim do patrocínio à conjuntura económica do Brasil, afirmando que “o movimento de patrocinadores é algo natural, em especial no quadro de instabilidade económica que se vive no país”.
Ricardo Teixeira, o primeiro dirigente sobre o qual surgiram as primeiras denúncias, foi o antecessor na presidência da CBF de José María Marín, que foi preso na Suíça durante a operação contra dirigentes da FIFA acusados de receber subornos milionários.
Depois de Marín, Marco Polo del Nero assumiu o cargo, mas renunciou a 26 de novembro, depois de ser incluído, pela procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, numa lista de 16 pessoas de altos cargos da FIFA investigados por irregularidades.
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