O velório do ex-futebolista Edson Arantes do Nascimento, conhecido por Pelé, terminou hoje com mais de 230 mil visitantes, segundo informações da assessoria de comunicação da equipa do Santos e da Polícia Militar.
O velório montado no relvado do estádio Vila Belmiro, em Santos, onde o lendário atacante brasileiro se tornou um ícone mundial, ficou aberto ao público por 24 horas e foi visitado por autoridades e admiradores.
O caixão deixou o relvado pelas 10:10 locais (13:10 em Lisboa), horário que aludiu à camisola 10 usada e imortalizada por Pelé no Santos e seleção brasileira, e foi levado para um carro aberto.
Uma das últimas homenagens foi prestada pelo Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou cerca de 30 minutos no local.
Velado por pouco mais de 24 horas dentro do estádio onde jogou e viveu grandes momentos da sua trajetória vitoriosa, Pelé será sepultado após um cortejo pela cidade de Santos numa cerimónia fechada para convidados e familiares no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos.
O cemitério criou um memorial em homenagem a Pelé no primeiro andar, embora sua família tenha um espaço no nono andar do edifício deste que já foi o maior cemitério vertical do mundo, cujos detalhes não foram ainda revelados.
A reportagem da Lusa esteve no local e ouviu de funcionários que dentro do memorial criado em homenagem a Pelé há uma estátua dourada dele pisando uma bola e imagens de momentos especiais da carreira como futebolista.
Pelé morreu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na sequência da “falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia”, segundo aquele estabelecimento hospitalar, em comunicado.
O ex-futebolista estava internado desde o dia 29 de novembro no naquele hospital para tratamento de quimioterapia a um tumor no cólon e tratamento de infeção respiratória, e o seu estado de saúde agravou-se.
Nascido a 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, Pelé foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo Cosmos, dos Estados Unidos.
Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, e eleito o desportista do século pelo Comité Olímpico internacional (1999) e futebolista do século pela FIFA (2000).
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