
Jorge Jesus não esconde a desilusão após ver escapar a oportunidade de comandar a seleção brasileira. Apesar de estar livre no mercado desde que saiu do Al-Hilal, o treinador português viu a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esticar ao máximo a negociação com Carlo Ancelotti e nunca chegou a receber uma proposta concreta.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, chegou a falar diretamente com Jorge Jesus na semana passada, mas manteve sempre o foco na possibilidade de trazer o técnico italiano do Real Madrid.
Pessoas próximas a Jorge Jesus garantem que o treinador deixou claro o desejo de assumir a seleção canarinha e que não via qualquer problema em trabalhar com Neymar, apesar da relação tensa que os uniu na Arábia Saudita.
Jorge Jesus chegou mesmo a liderar a lista de possibilidades após a saída de Dorival Júnior, sobretudo pela sua disponibilidade e pela forte imagem que tem no futebol brasileiro. No entanto, a falta de um acordo imediato e as dúvidas sobre o timing da sua chegada — que só poderia acontecer em maio — fizeram com que perdesse espaço nas opções da CBF.
Do lado de Ancelotti, a negociação foi conduzida com discrição por Diego Fernandes, homem de confiança de Ednaldo, que acompanhou de perto jogos do Real Madrid e esteve envolvido em todos os detalhes do acordo. O italiano já tem data para chegar ao Brasil e até participa esta semana na elaboração da pré-lista de convocados.
Para Jorge Jesus, resta agora lidar com a frustração de ver a seleção brasileira escapar-lhe mais uma vez. Aos 70 anos, o técnico aguarda agora por um novo projeto para regressar aos bancos.
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