A assembleia legislativa do estado brasileiro do Rio de Janeiro desistiu hoje de rebatizar o estádio do Maracanã com o nome de "Rei Pelé", depois de a polémica proposta ter sido aprovada há um mês.
Para a aprovação da proposta só faltava a ‘luz verde' do governador interino do Rio de Janeiro, Carlos Castro, mas o órgão legislativo regional desistiu da mesma e pediu que o projeto seja vetado.
A assembleia legislativa do Rio de Janeiro aprovou em março uma polémica lei que pretendia rebatizar o lendário estádio do Maracanã com o nome Edson Arantes do Nascimento - Rei Pelé, considerado por muitos o melhor futebolista da história.
Apesar de os legisladores ressalvarem que se trata de uma merecida homenagem em vida ao tricampeão mundial, a lei gerou uma intensa polémica por abandonar o jornalista Mário Filho, que hoje dá nome ao estádio que já foi palco de as finais da Copa do Mundo de 1950 e 2014.
Mário Filho, além de um grande nome do jornalismo desportivo carioca, foi também fundamental na luta pela construção do Maracanã.
A mudança do nome do estádio, cuja lei dependia da aprovação do governador do Rio de Janeiro, Carlos Castro, tem sido criticada por familiares de Mário Filho, por historiadores e por alguns setores da imprensa.
O autor da lei, deputado André Ceciliano, alegou que o complexo desportivo que abriga o estádio do Maracanã, que inclui a academia Maracanazinho, o parque aquático Julio Delamare e a pista de atletismo Célio de Barros, manterá o nome de Mário Filho, dando continuidade à homenagem ao jornalista.
Mário Filho foi o principal fomentador da ideia de que o Brasil construiria o maior estádio do mundo para o Mundial que o país organizou em 1950 e defendeu que o mesmo fosse erguido no bairro do Maracanã, próximo ao centro da cidade, e não num local remoto, onde o Governo da época o queria construir.
O jornalista também foi um importante cronista desportivo e organizador de torneios nacionais de futebol.
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