A Confederação Brasileira de Futebol repudiou hoje "veementemente" a utilização da camisola da seleção por parte de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro que no domingo invadiram e vandalizaram as sedes dos poderes executivo, legislativo e judicial, em Brasília.
“A CBF repudia veementemente que a nossa camisa seja usada em atos antidemocráticos e de vandalismo. A camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo” escreveu o organismo, na rede social Twitter.
Para a CBF, a camisola "é para torcer, vibrar e amar o país", reafirmando que a federação "é uma entidade apartidária e democrática".
“Estimulamos que a camisa seja usada para unir e não para separar os brasileiros", conclui a CBF.
Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
Grande parte dos invasores vestia a camisola amarela 'canarinha', símbolo da seleção de que os adeptos de Bolsonaro se foram apropriando, durante o período 2019-2022, utilizando-o como símbolo nacionalista.
A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram pelo menos 300 detidos.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.
Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.
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