Argel sempre foi conhecido pelo seu jeito direto e sincero que lhe valeu ganhar algumas guerras e perder outras como jogador e agora como treinador.
No Internacional de Porto Alegre de há 18 jogos para cá, o treinador ganhou o respeito dos adeptos e a confiança dos jogadores.

Em entrevista ao Globo Esporte, o antigo jogador que passou por Benfica e FC Porto, contou como e quando decidiu virar treinador.

"O começo foi como jogador. Passei 18 anos, por nove clubes. Trabalhei com (Giovanni) Trapattoni, (José Antonio) Camacho, (José) Mourinho, Leão, Felipão, Abel, Celso Roth, Falcão. Tive a oportunidade de passar por grandes treinadores. Eu decidi ser treinador com 20 anos. Tinha um projeto para jogar até os 33, mesmo podendo jogar mais um ou dois anos. O (empresário) Jorge Machado, que é meu amigo, me ofereceu a oportunidade de trabalhar no Mogi Mirim, na segunda divisão do Paulistão. Queria ver se tinha capacidade para ser um treinador", revelou.

O xerife conseguiu levar o Mogi à primeira divisão do Paulistão e desde então a sua carreira despontou: “Subimos para a primeira divisão. E não parei mais. Faz oito anos que estou nessa cachaça, mas é uma cachaça gostosa, que não faz mal. E isso alimenta você, o desafio alimenta”.

Quando foi convidado para deixar o Figueirense e assumir o Internacional de Porto Alegre, Argel foi olhado de lado, mas ele próprio conseguiu mudar essa imagem.

“Quando eu vim para o Inter muitas pessoas me subestimaram. Disseram que o Argel não daria certo, que não estava preparado. Que o balneário do Inter é cheio de medalhão, problemático. Falou-se isso muito, não? O tempo se encarregou de dizer se eu tinha condição ou não. Ele colocou as coisas no lugar”, atirou.

O Internacional está no sexto posto com 50 pontos e procura garantir um lugar entre os quatro primeiros para chegar à Taça Libertadores.