Advogados das famílias das vítimas do acidente aéreo que dizimou em 2016 o plantel da Chapecoense, na Colômbia, estão em La Paz à procura de ajuda do governo da Bolívia, na tentativa de receberem uma indemnização.
"Já se passaram três anos. Até agora temos 68 famílias e 105 crianças abandonadas e sem resposta nas reivindicações pelos seus direitos após o acidente" da aeronave da LaMia de matrícula boliviana, disse Marcel Camilo, um dos advogados citados pelo jornal 'El Dever', no seu site.
Os advogados brasileiros esperam reunir-se com as novas autoridades do governo transitório de Jeanine Áñez.
Os familiares das vítimas chegaram, em outubro de 2018, a negociar com a empresa de seguros privada o pagamento da indemnização e procuraram ajuda na administração de Evo Morales, anterior presidente da Bolívia, mas sem sucesso.
O acidente fez 71 vítimas mortais, entre elas 19 jogadores da Chapecoense. Apenas seis pessoas sobreviveram.
O advogado Romulo Peredo, citado pelo jornal boliviano, voltou a afirmar que a Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC), órgão estatal boliviano responsável pela aviação civil no país, não deveria ter autorizado a descolagem do avião da LaMia. Alguns testemunhos locais dizem que a aeronave deixou La Paz sem um plano de reabastecimento de combustível. Já a seguradora declarou que o seguro do avião não estava em vigência no momento do acidente.
O Ministério Público colocou a responsabilidade nos funcionários do aeroporto e da aviação civil, mas também no piloto Alejandro Quiroga, que faleceu no acidente, por ter cometido gravas erros técnicos na realização do fatídico voo.
A 28 de novembro de 2016 o avião caiu com a comitiva da Chapecoense perto de Medellin, onde o clube jogaria a primeira-mão da final da Taça Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia.
Uma investigação das autoridades colombianas concluiu que o avião caiu por falta de combustível.
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