‘O Príncipe’ e ‘O Professor’ são os epítetos que parecem colar-se a André Villas-Boas e Gregorio Manzano. Os treinadores de FC Porto e Sevilha, que hoje se defrontam para os 16 avos-de-final da Liga Europa, apresentam percursos muito distintos, mas têm em comum o rótulo da competência.
Com apenas 33 anos, Villas-Boas já é o técnico mais jovem de sempre dos dragões e rapidamente se impôs no clube. Com sangue nobre, por via do bisavô, que era o 1º visconde de Guilhomil, André Villas-Boas é ainda visto por muitos como o sucessor do ‘rei’ José Mourinho, com quem trabalhou durante vários anos. Tudo somado resulta no cognome de ‘O Príncipe’.
A sua ascensão começou apenas em Outubro de 2009, quando assumiu a Académica, com bons resultados e ainda melhores exibições. O cartão-de-visita agradou a Sporting e FC Porto, mas foi Pinto da Costa a levar a melhor na corrida por aquele que é o sócio número 11 428 do clube portista. Desde então, já venceu uma Supertaça pelo FC Porto e parece muito bem encaminhado para novas conquistas esta época.
Por sua vez, quando Villas-Boas nasceu, em 1977, Gregorio Manzano já contava 21 anos e estaria a realizar a sua formação em Psicologia, ao que depois se seguiu uma carreira como professor. O ‘hábito fez o monge’ e a profissão inicial deu-lhe o epíteto quando se mudou para o futebol e começou a mostrar o seu valor. Com efeito, antes disso nunca Manzano havia sido jogador.
Santisteban del Puerto foi o berço do seu trajecto, iniciando-se como treinador na equipa da terra, passando posteriormente por Villacarrillo FC, CD Ilitugi, Villanueva, Ubeda CF, Jaén, CD Martos, Talavera, Toledo, Valladolid, Racing, Rayo Vallecano, Maiorca (por duas vezes), At. Madrid, Málaga e Sevilha. Como ponto alto exibe uma Taça do Rei, pelo clube maiorquino, em 2003.
Esta noite, a partir das 20h05 (hora de Portugal), se verá se ‘O Príncipe’ consegue defender a dama da invencibilidade da sua equipa ou se ‘O Professor’ tem os argumentos necessários para infligir uma lição.
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