O último relatório médico sobre a condição do antigo futebolista Diego Maradona “foi excelente”, garantiu hoje o seu advogado, um dia depois do argentino ter sido operado a um hematoma subdural, detetado durante um 'check-up'.

“O Diego tinha apresentado um quadro de depressão (...). Inicialmente, o psicólogo atribuiu-o à questão do aniversário, à depressão decorrente da pandemia e às diversas circunstâncias que o cercavam. Depois, quando viu que a situação se agravou, foi internado e o estudo realizado resultou na intervenção”, esclareceu Matías Morla.

Maradona, que sexta-feira cumpriu 60 anos, foi internado na segunda-feira, anémico, desidratado e deprimido.

Morla revelou que o campeão mundial pela seleção da Argentina, em 1986, no México, “tinha atitudes estranhas, estava muito depressivo e tinha comentários relativos a parentes falecidos, que sentia a sua falta”.

O causídico contou ainda que em todos os aniversários, Maradona “sofre uma espécie de nostalgia, agravada este ano”, destacando-se as “saudades da sua mãe”.

O antigo atleta foi operado numa clínica na província de Buenos Aires, onde se juntaram várias pessoas para o apoiar e mostrar admiração pelo agora treinador de Ginástica e Esgrima La Plata, exibindo mesmo bandeiras e entoando cânticos.

Matías Morla assegura que “a sua parte cognitiva não foi nunca afetada” pelo que Maradona pode continuar o seu trabalho, embora, face aos acontecimentos, admita que esta atividade “está em segundo plano”.

Descartou ainda a possibilidade da recuperação do agora treinador decorrer em Cuba ou Venezuela, “países amigos”, pois garantiu que “a sua cabeça está no clube”.

Revelou também que muitas figuras do futebol e política internacional se têm solidarizado com Maradona, como o caso de Leo Messi.

Nas redes sociais, o avançado do FC Barcelona deixou uma mensagem a desejar “toda a força do Mundo” para Maradona, manifestando o desejo de o voltar a ver “o mais rápido possível”.