O futebolista Oleksandr Zinchenko, que atua nos ingleses do Manchester City, defendeu hoje que a Ucrânia “pertence aos ucranianos e que ninguém poderá apropriar-se do país”, que vive atualmente um clima de tensão com a Rússia.
A manifestação do lateral esquerdo, de 25 anos, surge na sequência da posição tomada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que reconheceu a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, duas regiões separatistas pró-Rússia situadas na zona leste da Ucrânia.
“Todo o mundo civilizado está preocupado com a situação do meu país. Não posso ficar de fora e não transmitir a minha opinião. Na foto [que acompanha a publicação] - o meu país. O país onde nasci e cresci. Um país cujas cores defendo no cenário desportivo internacional. Um país que tentamos glorificar e desenvolver”, pode ler-se na publicação do defesa internacional ucraniano, na rede social Instagram.
O colega de equipa dos portugueses João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva promete “não desistir”, deixando claro que a Ucrânia é “um país cujas fronteiras devem permanecer invioláveis e pertence aos ucranianos, pelo que ninguém poderá apropriar-se dele”.
Durante semanas, as potências ocidentais têm-se preparado para uma invasão, com a Rússia a reunir cerca de 150.000 tropas junto à fronteira com a vizinha Ucrânia.
A tensão na região agravou-se de forma substancial na segunda-feira, com o reconhecimento pela Rússia da independência dos territórios ucranianos separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.
Além de ter assinado os decretos relativos ao reconhecimento de Lugansk e de Donetsk, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que as forças armadas russas poderão deslocar-se para aqueles territórios ucranianos em missão de “manutenção da paz”.
A decisão foi condenada pela generalidade dos países ocidentais, que temiam há meses que a Rússia invadisse novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
Nesse ano, começou a guerra no Donbass entre separatistas pró-russos, apoiados por Moscovo, e o exército ucraniano, que provocou, desde então, mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo a ONU.
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