Paulo Bento não fugiu à pressão do jogo com a Dinamarca e garantiu que o desafio de amanhã representa uma "oportunidade extraordinária" para os adeptos se reconciliarem com a Selecção Nacional e para recolocar a equipa na rota do Euro 2012.
"O grupo está consciente da responsabilidade que tem, do momento em que a selecção vive, mas que ao mesmo tempo está com uma grande motivação e disponibilidade para inverter esta situação", disse o seleccionador nacional na conferência de imprensa de antevisão do embate com os dinamarqueses, esta sexta-feira, às 20h45, no estádio do Dragão.
O técnico da equipa das quinas reconhece que o tempo foi escasso para introduzir o seu "cunho", mas acredita numa boa resposta dos jogadores. "É muito difícil em três dias e com quatro sessões de treino fazer alterações. O que tentámos foi definir alguns princípios para a nossa organização e o lado estratégico, tentando com isso ser o mais eficaz possível. Houve pouco tempo para trabalhar a parte prática da mensagem, mas tenho a convicção de que a mensagem passou", frisou.
Com apenas um ponto em dois jogos, Paulo Bento só admite um cenário para amanhã: a vitória. "Há um pensamento prioritário: todos reconhecemos que temos uma selecção com muito talento e temos de colocar esse talento ao serviço de uma equipa e jogar como uma equipa. Temos condições para ser uma grande equipa e temos de o mostrar já amanhã. Por aquilo que é a selecção nacional, chegar à terceira jornada neste cenário acrescenta pressão. Temos claro que o contexto não é o mais agradável, mas acreditamos que é possível inverter esta situação."
"Temos o objectivo de ganhar, jogar bem e mostrar desde cedo que queremos ganhar. Não temos outra possibilidade que não seja ganhar. Temos de ser uma equipa com iniciativa, queremos dominar o adversário e ao mesmo tempo ser equilibrados", acrescentou.
Questionado sobre o relativo consenso público registado após o anúncio da sua sucessão a Carlos Queiroz, Paulo Bento sublinhou que já esperava esse apoio. "Um seleccionador nacional, por princípio, deve ter sempre o apoio do povo português. Depois o seleccionador deve fazer o possível para prolongar essa relação", concluiu o seleccionador, que revelou já ter "o onze definido" para o jogo com a Dinamarca.
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