Um dia depois de ser reeleito presidente do Vitória de Setúbal, Carlos Silva salientou hoje, na tomada de posse da direção para o triénio 2023-2025, a importância de garantir a estabilidade e viabilidade do clube a longo prazo.

Na sessão, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o jurista, de 64 anos, admitiu que tem pela frente uma missão difícil, mas mostrou-se otimista na estabilização do clube da Liga 3 de futebol.

“Queremos trabalhar para consolidar as finanças do clube, garantindo a sua estabilidade e viabilidade a longo prazo. Sabemos que a tarefa não será fácil, mas acreditamos que, com trabalho, dedicação e um planeamento rigoroso, conseguiremos aumentar as nossas receitas e diminuir as despesas”, disse.

Tal como tinha sucedido nas eleições anteriores, em dezembro de 2020, aquando da sua eleição, Carlos Silva foi no domingo candidato único no ato eleitoral, que venceu com 355 dos 394 votos, tendo-se registado 32 boletins em branco e sete nulos. Ao olhar para trás, o dirigente congratula-se pelo facto de o clube, fundado em 1910, continuar vivo.

"Quando, em dezembro de 2020, fui eleito, sabia que enfrentaria desafios significativos e duros. A dívida astronómica do clube, acumulada durante anos, era um deles e a de maior relevância e complexidade. No entanto, contrariando quase tudo e todos, não posso deixar de recordar os extraordinários alentos de desmotivação que fui sofrendo. Não podia deixar o nosso clube, com 110 anos de uma história extraordinária, morrer sem lutar pela sobrevivência”, referiu.

Carlos Silva confessa que foram dias complicados, mas que nunca o impediram de lutar pela viabilidade do clube, que, em 2020, tinha sido relegado administrativamente da I Liga ao terceiro escalão do futebol nacional.

“Quando fui eleito na primeira vez, foram meses angustiantes, especialmente devido aos muitos meses de salários em atraso de jogadores e funcionários. Nunca desisti e nunca esquecerei os que vaticinaram que o Vitória ia morrer em janeiro [de 2021], quando os jogadores abandonassem o clube devido aos vencimentos em atraso. Hoje, felizmente, contra a vontade de muitos, ainda estamos aqui prontos para voltar a lutar”, frisou.

André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, destacou a simbiose que existe entre cidade e clube, deixando claro que a autarquia estará “sempre do lado das soluções”.

“A Câmara Municipal de Setúbal estará sempre disponível, no contexto das suas capacidades legais e disponibilidades, ajudar o Vitória. É, aliás, o que sempre temos feito. Por vezes, há quem considere que devíamos ir mais longe e há também quem considere que fomos longe de mais. Compete-nos, sempre com uma relação leal e aberta, estar ao lado das direções e com elas trabalhar para o bem do clube”, disse.

Em representação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), José Couceiro, antigo treinador do conjunto setubalense, afirmou que um clube como o Vitória faz falta ao desporto nacional.

“A dimensão e potencialidade que este clube e cidade têm são, de facto, fantásticas e fazem falta, não apenas ao futebol português, mas ao desporto e a Portugal. Precisamos de instituições com a grandeza que o Vitória tem. Não é apenas a cidade de Setúbal que precisa, é também o país”, vincou.

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