O presidente do Boavista, Vítor Murta, mostrou hoje plena confiança nas capacidades da equipa para ser competitiva na edição 2023/24 da I Liga, apesar do atual impedimento de inscrição de novos futebolistas determinado pela FIFA.

“Acredito piamente nos jogadores que temos, até porque acho que existem soluções no plantel para colmatar essas saídas que já tivemos. Há igualmente atletas que vieram da formação, que já estavam a trabalhar connosco e que eu tenho a certeza de que vão ser agradáveis surpresas”, vincou o líder dos ‘axadrezados’, em declarações aos jornalistas.

Vítor Murta falava à margem das comemorações do 120.º aniversário do Boavista, que já decorrem desde sábado e retomaram hoje com o hastear da bandeira do clube na Praça da Pantera, junto ao Estádio do Bessa, no Porto, antes de uma missa na Igreja do Foco.

“Impedimentos? Isso é uma pescadinha de rabo na boca. Se vendermos, temos dinheiro para resolvê-los. Agora, há que ter a certeza de que vamos ter um jogador para colmatar essa eventual saída. No ano passado, se falássemos no Bruno [Onyemaechi], no [Pedro] Malheiro e no [Róbert] Bozeník, diríamos que eram excelentes contratações, mas eles já cá estão. Se houver essa possibilidade de inscrevermos novos jogadores, podemos fazer um arranjo ou outro, mas estou certo de que este plantel nos vai dar garantias”, apontou.

Questionado sobre um alegado interesse do FC Porto no defesa direito Pedro Malheiro e no lateral esquerdo nigeriano Bruno Onyemaechi, Vítor Murta descartou que estejam a decorrer conversações com os ‘dragões’ a um mês do fim do mercado de transferências.

“Na minha ótica, são dois dos melhores laterais do campeonato português. Por isso, era de estranhar se o FC Porto não estivesse interessado neles. Agora, não é só o FC Porto. Há uma série de clubes que estão interessados nesses e em outros jogadores”, reiterou.

A saída do defesa central nigeriano Chidozie, que esteve cedido ao vice-campeão croata Hajduk Split em 2022/23, também tem sido veiculada pela imprensa, com o líder máximo do Boavista a admitir que “todos os jogadores estarão no mercado” até ao fim de agosto.

“A questão é equacionar o custo-benefício. Há que ter um bom plantel, que dê garantias ao [treinador] Petit de que vamos fazer uma boa I Liga. Já conversei com ele acerca da possibilidade de sair um ou outro jogador. Se assim for, temos de ir ao mercado”, traçou.

Antes de comentar a atualidade do Boavista à comunicação social, Vítor Murta discursou aos sócios e adeptos do emblema ‘axadrezado’ e lamentou as dificuldades que “vêm de há 20 e 30 anos”, muito antes da chegada do investidor maioritário Gérard Lopez à SAD.

“Nunca se falou tanto do Boavista como se tem falado nos últimos anos e isto é um sinal de que estamos vivos. Apesar de haver muita gente que nos quer mandar lá para baixo e nos quer matar, ninguém o vai conseguir. Acima de tudo, vamos estar juntos e acreditar, porque o Boavista tem futuro, não ficará pelos 120 anos e vai durar eternamente”, notou, afiançando que a equipa “vai causar muita surpresa a muita gente” na nova temporada.

Em 24 de julho, os ‘axadrezados’ foram eliminados na primeira fase da Taça da Liga, ao perderem no desempate por penáltis com a União de Leiria, campeã da Liga 3 e recém-promovida à II Liga, num jogo que decorreu à porta fechada no Estádio do Bessa, cujo relvado seria interditado preventivamente pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

O Boavista prepara a receção ao campeão nacional Benfica, que está aprazada para 14 de agosto, às 20:45, no encerramento da jornada inaugural da edição 2023/24 da I Liga.