Javier Tebas, presidente de La Liga, comentou esta quarta-feira o cenário de uma possível greve dos jogadores de futebol, perante o aumento do número de jogos ao longo da época.
Tal hipótese foi colocada esta terça-feira por Rodri, jogador do Manchester City, e o dirigente colocou-se ao lado do compatriota, aproveitando também para criticar o novo formato do Campeonato do Mundo de Clubes.
"Creio que Rodri tem razão sobre uma possível greve dos jogadores. Creio que há acumulação de jogos, ele fala nisso e é verdade, são 200 jogadores envolvidos nesta questão. Mas digo-o pelos 40 mil jogadores profissionais restantes e pelos dois mil clubes restantes. Se essa greve servir para solucionar o tema do calendário, não para retirar os clubes das Ligas nacionais, mas para que o Mundial de Clubes não exista, para que se reestruturem melhor as datas, que seja bem-vinda, porque algo tem de acontecer", afirmou Tebas durante um evento em Sevilha.
O presidente da Liga espanhola acrescenta que esta situação levanta questões que ultrapassam simplesmente o número de jogos, e que podem ter impacto em toda a linha.
"Nós ajudaremos nas vias legais correspondentes, mas se o sindicato dos jogadores decidir aderir à greve por esse conceito de que falámos com eles... Não é só um problema de sobressaturação de 70, 80 ou 100 jogadores, é um problema muito maior, que está a afetar todos nesta indústria. Os jogadores que não competem nas competições europeias, se eles seguirem estes critérios, vão ficar com menos receitas, vão desaparecer clubes, e nisso estamos e estaremos a apoiá-los, claro", sublinhou.
Clubes que participem nas competições continentais, assim como no novo Campeonato do Mundo de Clubes, deverão realizar mais de 70 jogos esta época.
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