O presidente da FIFA, Gianni Infantino, lamentou hoje a morte de Paolo Rossi, aos 64 anos, recordando o antigo futebolista internacional italiano como “um herói humano e uma lenda mundial”.
“Adeus, Pablito, símbolo de alegria, vingança, generosidade, solidariedade, sucesso e, para mim, também um orgulho para todos os italianos. Um herói humano e uma lenda mundial. Obrigado Pablito, pelas lágrimas de alegria que nos proporcionaste, mas que, hoje, se transformaram em lágrimas de profunda tristeza. Um sincero abraço para a tua família. Descansa em paz”, manifestou Infantino, através do site oficial da FIFA.
O suíço, mas com ascendência italiana, recordou Paolo Rossi, que morreu vítima de cancro num pulmão, como um “avançado puro, que sabia empolgar todos pela forma de jogar e, sobretudo, com os golos que marcava”.
“O seu amor pelo futebol era enorme e ele transmitia isso mesmo, com a sua personalidade calma e o seu sorriso caraterístico. Foi um grande homem, humilde e generoso”, salientou Infantino.
Na mesma nota, a FIFA lamenta o desaparecimento de “uma verdadeira lenda, um símbolo e mais um grande futebolista, que fez sonhar e exultar gerações, particularmente na década de 80”.
A cerimónia fúnebre de Paolo Rossi será realizada no sábado, na Catedral de Vizenza.
Paolo Rossi tornou-se uma ‘lenda’ do futebol em 05 de julho de 1982, quando no Estádio Sarrià, em Barcelona, conseguiu um ‘hat-trick’ face a uma fantástica seleção brasileira, derrotando-a por 3-2 e eliminando-a do Mundial de 1982, que seria conquistado pela ‘squadra azzurra’.
As atuações no Mundial valeram-lhe a conquista da ‘Bota de Ouro’, troféu da revista francesa ‘France Football’, que então era reservado a futebolistas do ‘velho continente’.
Pela Itália, que representou entre 1977 e 1986, já tinha marcado presença no Mundial de 1978, na Argentina, onde a formação transalpina acabou no quarto lugar, com Rossi também como melhor marcador da equipa, com três golos.
Na sua carreira ao nível de clubes, destaque para os muitos títulos conquistados ao serviço da Juventus, nomeadamente uma Taça dos Campeões (1984/85), uma Taça das Taças (1983/84), às custas do FC Porto, batido na final de Basileia por 2-1, e uma Supertaça Europeia, em 1984.
Em Itália, arrebatou dois campeonatos e uma Taça de Itália, sendo o melhor marcador da Série A em 1977/78, com 24 golos, uma época depois de ter sido o máximo concretizador da Série B, com 21, ajudando o Lanerossi Vicenza a vencer a competição.
Ao longo da carreira, o ex-avançado passou pela formação de Santa Lúcia, Ambrosiana, Cattolica Virtus e Juventus, sendo que foi também na equipa de Turim que se estreou como sénior, na temporada 1973/74.
Enquanto profissional, representou ainda Como, Perugia e AC Milan, antes de encerrar a carreira em 1987, ao serviço do Verona.
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