O antigo futebolista internacional francês Just Fontaine, que hoje morreu aos 89 anos, foi lembrado pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, como um jogador “emblemático”, que deixa uma “marca eterna”.
“Just foi um futebolista emblemático e o seu extraordinário desempenho no Mundial de 1958 cimentou um legado como um dos maiores de todos os tempos em campeonatos do mundos. Marcar 13 golos numa única edição de um Mundial da FIFA é algo que ainda hoje ninguém igualou”, lembrou o dirigente.
Infantino enviou condolências aos mais próximos do antigo avançado, reiterando que a marca deixada por Just Fontaine no mundo do futebol “será sempre lembrada, com um recorde que dificilmente será ultrapassado”.
O antigo avançado, que foi internacional francês em 21 ocasiões, apontando 30 tentos, três dos quais a Portugal (1959), foi um dos protagonistas do Mundial de 1958, na Suécia, onde os ‘bleus’ chegaram pela primeira vez às meias-finais, fase em que foram eliminados pelo futuro campeão Brasil (5-2).
Apesar de só ter disputado seis jogos, Fontaine é o quarto melhor marcador da história dos Mundiais, com os mesmos 13 golos do argentino Lionel Messi, numa lista liderada pelo alemão Miroslav Klose, com 16 golos, seguido do brasileiro Ronaldo, com 15, e do também germânico Gerd Müller, com 14.
A morte do antigo avançado motivou ainda reações do Nice e do Paris Saint-Germain, clubes que Fontaine representou como jogador e treinador, respetivamebte, bem como do selecionador francês de futebol, também ex-internacional gaulês, Didier Deschamps.
“É um monumento do futebol francês que nos deixa, é um dia triste para os adeptos do Paris Saint-Germain, clube que ele levou há 50 anos à primeira divisão”, assinalou o clube, em alusão à subida de escalão em 1974.
Também o Nice sublinhou que Just Fontaine deixa uma “marca indelével” no clube, que o avançado representou entre 1953 e 1965, com 83 jogos disputados e 52 golos marcados, apelidando o antigo avançado de “lenda”.
“A sua morte entristece-me, como a todos aqueles que amam o futebol e a nossa seleção. Tive a oportunidade de me cruzar com ele várias vezes. Também particularmente, na sua casa, em Toulouse, em setembro de 2017. Era um homem de grande gentileza, muito respeitoso das gerações que o sucederam”, lamentou, por seu lado, Deschamps.
Também o presidente interino da Federação francesa, Philippe Diallo, frisou que o antigo internacional é uma figura emblemática, com o seu incrível recorde de 13 golos num único campeonato do Mundo.
“Escreveu uma das mais belas páginas do futebol francês”, disse, acrescentando que a Federação decretou um minuto de silêncio em todos os jogos, em memória de Just Fontaine.
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