A segunda edição da cimeira Thinking Football, que arrancou hoje no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, “será ainda mais marcante” face ao ano anterior, vincou o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença.
“Em 2022, propusemo-nos a organizar o maior fórum de discussão e reflexão do futebol profissional alguma vez realizada em Portugal. Fizemos isso sem medo, mas com toda a missão e reflexos de ilusão. Depressa percebemos que se tinha construído algo inovador em Portugal, que nos distinguia e era especial. O Thinking Football foi internacionalmente considerado um enorme sucesso, que nos encheu de orgulho, mas também aumentou a nossa responsabilidade para este ano. Queremos e vamos fazer ainda melhor”, indicou.
Pedro Proença falava durante a cerimónia de abertura do evento, que se vai estender até sábado e volta a ser organizado pela LFPF, reunindo mais de uma centena de oradores nacionais e estrangeiros para uma série de debates acerca de assuntos da modalidade.
“Esta cerimónia marca o começo de três dias de celebração do futebol profissional. Uma celebração pensada e que tem de ter consequências nesta indústria, que, ano após ano, reforça o seu estatuto como um dos grandes embaixadores do nosso país no estrangeiro. Percebamos, de uma vez por todas, o enorme esforço que os clubes em Portugal fazem para serem internacionalmente competitivos num país que tem pouco mais de 10 milhões de habitantes. Façamos todos um esforço para eliminar os obstáculos que aumentam as desigualdades face aos nossos concorrentes internacionais. A discussão sobre os custos de contexto ligados a esta atividade é fundamental se queremos fazer diferente”, alertou.
O presidente da LPFP mostrou-se convicto de que a cimeira Thinking Football vai “ajudar a apontar os caminhos para o futuro e a cimentar a posição de vanguarda assumida pelo futebol profissional português nos últimos anos”, posição acompanhada por Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, cidade que volta a ser a anfitriã deste evento.
“Todos concordamos com a urgência de pensar o futebol numa sociedade globalizada. A sua influência política, económica, social e cultural parece ser inescapável. Muito mais do que um simples jogo, o futebol assume-se hoje como um fenómeno multidimensional e o seu impacto faz sentido em diferentes áreas da vida e da atividade humana e em novas geografias. É importante pensar o futebol. É isso que, depois do sucesso da sua primeira edição, o Thinking Football se propõe novamente a fazer de uma forma virtuosa”, traçou.
Caracterizando a modalidade como “um espetáculo de massas, uma indústria altamente rentável e um instrumento de afirmação geopolítica”, Rui Moreira acredita que a segunda edição ajudará a cimentar um evento que “reforça a notoriedade internacional” do Porto.
“O futebol é a impressão digital da cidade que mais reconhecimento internacional tem. O Porto dificilmente seria reconhecido internacionalmente enquanto cidade se não fosse o futebol. Sei que há quem não compreenda isso. Há quem o tente diabolizar e dizer que é quase uma coisa maldita. Acho que o futebol tem muito mais de bom do que tem de mau comparado com outras atividades económicas. Para todas as pessoas ligadas ao futebol, acreditem que continua a ser um grande desporto-rei. É pena que algumas pessoas que vivem do futebol digam mal dele, mas isso são outras histórias”, completou Rui Moreira.
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