Jurgen Klopp voltou a ser questionado sobre os efeitos da pendemia do Covid-19 no desporto. O treinador do Liverpool não concorda com a decisão de se realizar jogos sem público nas bancadas.
"É nestas alturas que fico irritado, quando tenho um problema que vocês não têm. Neste momento, os jogadores estão saudáveis. Quando 22 jogadores não podem apertar as mãos é um sinal para a sociedade. Será que estamos todos no mesmo barco?", questionou o alemão, na antevisão do jogo da Liga dos Campeões frente ao Atlético Madrid, em Anfield Road.
A seguir, Jurgen Klopp respondeu diretamente a um jornalista espanhol sobre o tema.
"Será que está preocupado com a sua cidade? Nós não somos a sociedade, somos parte dela. Não gosto que me façam essas perguntas. Você está preocupado, mas será que a viagem valeu a pena por causa do futebol?", voltou a perguntar.
Quem também está contra esta medida é o português Nuno Espírito Santo. O treinador do Wolverhampton preferia que se parasse tudo, enquanto houver a ameaça viral no Covid-19.
"Qual é o objetivo do futebol? Entretenimento. Se fechamos as portas para jogar não faz sentido. Mas o que passa é mais do que futebol, é uma questão social. Todos estão preocupados e algo tem de ser feito. Mas fechar portas não é solução, não é normal, só fingimos que levamos uma vida normal. O que tento dizer é 'não há outra solução? Por que não parar? Por que não?' Faz sentido jogar um jogo em que os adeptos não podem estar?", perguntou o português.
NES explicou que o Wolverhampton pediu à UEFA o adiamento do encontro com o Olympiacos, na Grécia, da primeira mão dos ‘oitavos’ da Liga Europa de futebol.
"O clube solicitou à UEFA o adiamento do jogo. Se tivermos de ir, vamos. Mas, não concordamos. Não estamos felizes com essa possibilidade", afirmou o técnico português, em declarações à SkySports.
Hoje, o presidente do Olympiacos, clube treinado por Pedro Martins e em que atuam os futebolistas portugueses José Sá, Rúben Semedo e Cafú, anunciou que contraiu o Covid-19.
De acordo com a imprensa desportiva desse país, treinadores, jogadores e funcionários do emblema grego estão a efetuar exames, para saber se também estão infetados com o novo coronavírus.
Para já, o encontro entre os dois técnicos portugueses continua agendado, mas será disputado à porta fechada.
O Wolverhampton conta com uma ‘armada’ lusa composta por Rui Patrício, Rúben Vinagre, Rúben Neves, João Moutinho, Bruno Jordão, Pedro Neto, Diogo Jota e Daniel Podence
Além do Olympiacos-Wolverhampton, mais quatros jogos da primeira mão dos ‘oitavos’ da Liga Europa (LASK-Manchester United, Sevilha-Roma, Inter-Getafe e Wolfsburgo- Shakhtar Donetsk) vão decorrer à porta fechada.
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