Na passada segunda-feira, a procuradoria de Clark County, no estado norte-americano do Nevada, revelou que não vai levar a julgamento a acusação de alegados abusos sexuais levada a cabo por Kathryn Mayorga contra Cristiano Ronaldo.

Já esta semana, a família de Mayorga rompeu o silêncio e falou sobre o caso. "Não vou tecer quaisquer comentários sobre esta situação porque ainda não sei se isto terminou", começou por dizer a mãe de Mayorga, Cheryl.

"Ela [Kathryn] merece justiça e é por isso que me sinto tão em baixo", acrescentou ainda a progenitora de Kathryn Mayorga.

Recorde-se que em outubro de 2018, a polícia de Las Vegas reabriu a investigação sobre as acusações de violação apresentadas por uma mulher norte-americana contra Cristiano Ronaldo, por factos que remontavam a 2009 e que o futebolista português sempre negou.

“O caso foi reaberto e os nossos investigadores estão a analisar as informações dadas pela vítima", disse a polícia na altura, acrescentando que em 13 de junho de 2009 foi apresentada uma queixa e que a sua autora foi submetida a um exame médico, mas não forneceu dados sobre os factos alegados nem a descrição do suspeito.

Kathryn Mayorga, agora professora com 34 anos e na altura aspirante a modelo, apresentou queixa num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.

A queixosa alegava que naquela data foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.

A suposta vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal – no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro.

O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, a 28 de setembro, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso - a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks.

“‘Fake news’ [notícias falsas]. Querem promover-se à custa do meu nome. É normal. Querem ser famosos usando o meu nome. Faz parte da minha profissão. Sou um homem feliz, e está tudo bem”, reagiu Cristiano Ronaldo na altura, depois de a Der Spiegel ter abordado o assunto.

Kathryn Mayorga contava ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325 mil euros (375 mil dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.