José Fonte e Madjer são dois desportistas que não vislumbram ainda o fim das carreiras, aos 41 e 34 anos, respetivamente, o futebolista e o jogador de futebol de praia querem continuar no auge.
Para ambos, a idade não é um limite às suas capacidades físicas, mas admitem estudar e procurar cada vez mais informação para se manterem saudáveis e, essencialmente, úteis aos clubes e seleções em que jogam.
O jogador do Sporting e da seleção de futebol de praia é hoje aquilo que não era no passado.
“Inicialmente não me preocupava muito. Era novo, queria era correr e jogar à bola. Depois, com o avançar do tempo, foram-me dando ferramentas que me permitiam potenciar-me ao máximo. E eu comecei a perceber que, se queria ter uma carreira longa, tinha de absorver toda essa informação”, explicou Madjer, em declarações à Lusa.
Aos 41 anos, passou a ter dois treinos por dia, “um mais vocacionado para a parte técnica e outro para preparar o corpo com alongamentos”, e a alimentação revestiu-se de regras, sendo controlado ao grama. Tem até a ajuda de uma marca de nutrição que lhe traça o plano exato para o necessário “equilíbrio alimentar”.
O defesa central José Fonte, que esteve no Mundial2018 e rumou ao Lille, é mais novo, mas também já passou a barreira psicológica dos trinta, que era conotada com a veterania no desporto. A alimentação é algo que não descura em momento algum, e só lamenta “não ter começado mais cedo” com esta preocupação.
“Só como alimentos orgânicos, evito açúcares, farinhas e coisas processadas. Estou sempre a trocar ideias sobre isto com colegas de clube e seleção e faço as minhas pesquisas”, explicou.
Além do trabalho físico e da alimentação, referido pelos dois, Madjer prefere ainda destacar a parte mental, porque considera que o só corresponde se a mente acreditar.
“Faço trabalhos assiduamente com um psicólogo, porque quem pensa que a força maior de um desportista está no físico, engana-se redondamente. 70% de um atleta é essencialmente cabeça”, frisou.
E se a idade tira inevitavelmente algumas características, faz ganhar outras. O jogador de futebol de praia define-se hoje como alguém “mais calculista, que sabe correr nos temos certos e que lê melhor o jogo”.
José Fonte corrobora desta opinião e ressalta que o mais importante passa por “conhecer verdadeiramente o corpo e saber as suas necessidades em cada momento”.
O avançar da idade faz aumentar também o número de perguntas sobre um eventual fim de carreira e o defesa nem pensa duas vezes: “Sinto-me bem e vou continuar a melhorar”.
Por seu lado, Madjer assumiu que nem pensa nisso e quando deixar de ser assim, será “o primeiro a levantar a mão e pedir para sair”.
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