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Em entrevista ao Canal 11, Jorge Jesus fez uma análise detalhada ao futebol português, abordando a competitividade dos três grandes e destacando jogadores que considera promissores no panorama nacional. O treinador também falou sobre o seu possível regresso a Portugal e a experiência no futebol brasileiro.
Jorge Jesus destacou as dificuldades enfrentadas por Benfica, FC Porto e Sporting, realçando as mudanças que têm ocorrido nos clubes devido à pressão dos adeptos. "O Sporting tem jogadores que podem ajudar o treinador coletivamente a ganhar os jogos quando as coisas estão difíceis. O FC Porto... tu olhas para as grandes equipas do FC Porto e vês agora... não é a mesma coisa. O Sérgio fez milagres", afirmou.
Di María e a gestão tática do Benfica
O técnico também comentou a forma como o Benfica deve gerir um jogador com o perfil de Ángel Di María. "Os grandes jogadores ajudam sempre mais do que prejudicam. Também tens que saber como é que podes valorizar as características dele. Se o Benfica perde a bola, vamos imaginar que está a jogar na ala e tens que defender com o lateral... esquece, o Di María não faz isso. Nem tem que fazer. O talento e capacidade física que temos que lhe dar para estar sempre folgado, temos que arranjar outros para fazer isso. Na minha opinião deve jogar na mesma", referiu.
Jogadores em destaque na Liga Portuguesa
Questionado sobre os jogadores que mais o impressionaram, Jorge Jesus não hesitou em apontar Gyokeres como uma das grandes surpresas. "Esse foi uma surpresa. Joga em qualquer parte do mundo e sempre bem. A componente física dele é muito forte." Além do avançado do Sporting, destacou ainda os jovens extremos leoninos e jogadores do Benfica. "O António Silva não conhecia, mas o Tomás Araújo trabalhou comigo. Já via que tinha características para ser um bom central. O lateral esquerdo, o Carreras, gosto muito das características dele", analisou ainda.
Possível regresso ao Brasil
Jorge Jesus também comentou a possibilidade de voltar ao futebol brasileiro, onde teve sucesso com o Flamengo. "Já esteve mais próximo, mas é um campeonato que adorei. O futebol faz parte da cultura, música e futebol. Gostava de voltar, mas se voltar... não quero fazer a mesma coisa que fiz quando saí do Benfica para o Sporting. Nunca mais vou fazer a mesma coisa", garantiu.
O treinador recordou ainda a sua passagem pelo Sporting e a influência do seu pai na decisão de treinar os leões. "O Sporting teve a questão sentimental do meu pai. Sportinguista, jogador do Sporting, perguntava-me muitas vezes nos últimos anos de vida porque não treinava o Sporting. Eu dizia 'pai, porque não me convidam'. No dia em que me convidaram eu fiz-lhe isso. Se me arrependo? Em nada. É verdade que ele não viu, mas foi por ele", recordou ainda.
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