Os advogados de Ronaldinho esperam que o antigo melhor jogador do mundo seja autorizado a regressar a casa depois de mais de dois meses detido no Paraguai devido a um passaporte falso.
"Esperamos conseguir convencer os procuradores a deixarem o Ronaldinho e o seu irmão regressar ao seu país. Não podemos fazer nada a não ser esperar pela conclusão da investigação", disse uma fonte da defesa à Agence France-Presse (AFP).
Ex-estrela de Barcelona, AC Milan e Paris Saint-Germain Ronaldinho e o seu irmão, Robert de Assis Moreira, podem sofrer uma pena até cinco anos de prisão caso sejam considerados culpados.
Os dois irmãos já passaram mais de um mês atrás das grades depois de terem sido acusados de entrar no Paraguai na posse de passaportes falsos.
O Ballon D'Or de 2005 e o seu irmão pagaram uma fiança de mais de 1,4 milhões de euros e estão agora em prisão domiciliária no Hotel Palmaroga, no centro histórico da capital paraguaia Assunção, desde 7 de abril.
O procurador tem seis meses para investigar o caso e ordenou a detenção de 18 pessoas em ligação ao mesmo.
"Não existe uma única prova séria que o incrimine", diz Rogelio Delgado, presidente do sindicato de jogadores do Paraguai, à AFP. "Ainda que esteja numa prisão de luxo, é injusto que continue detido", acrescentou o antigo internacional paraguaio.
Ronaldinho, com 40 anos, tem-se mantido fora dos holofotes desde que saiu da prisão, principalmente devido às medidas de confinamento.
"Fui apanhado de surpresa quando descobri que os passaportes não eram válidos", disse Ronaldinho numa entrevista ao jornal paraguaio ABC, na sua única declaração desde que foi libertado da prisão.
Ronaldinho, considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos, foi crucial na vitória do Brasil no Mundial de 20021.
Ele e o irmão Robert - que é também o seu agente - não tiveram qualquer problema à chegada a Assunção no dia 4 de março.
Contudo, pouco depois da sua chegada, o par foi detido quando os investigadores fizeram buscas no hotel depois de detetarem que os passaportes eram falsos.
Ronaldinho, que recebeu as boas-vindas de duas mil crianças e adolescentes à chegada a Assunção, afirmou que os documentos foram-lhe dados pelos patrocinadores de uma instituição de caridade que trabalha com crianças desfavorecidas.
A investigação expandiu-se desde então e é agora um caso de possível lavagem de dinheiro.
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