A seleção portuguesa feminina de futebol vai jogar o acesso ao Mundial de 2023 com Camarões ou Tailândia, as únicas duas seleções presentes no sorteio do ‘play-off’ Intercontinental com anteriores presenças na prova.
Em 22 de fevereiro, em Hamilton, Portugal defronta o vencedor do encontro que se realiza quatro dias antes, no mesmo local, entre formações que participaram nas duas últimas edições (2015, no Canadá, e 2019, em França).
Apesar do 58.º lugar do ‘ranking’ da FIFA, os Camarões eram a equipa mais cotada no que respeita a passado em Mundiais, face a duas presenças de qualidade, em que conseguiram sempre chegar aos oitavos de final.
Em 2015, na estreia, o conjunto africano foi segundo do Grupo C, atrás do Japão (1-2) e à frente de Suíça (2-1) e Equador (6-0), para, no primeiro encontro a eliminar, cair perante a China (0-1), que perderia nos ‘quartos’ com os Estados Unidos (0-1).
Quatro anos depois, as camaronesas foram terceiras do Grupo E, com uma vitória, face à Nova Zelândia (2-1), e dois desaires, com Canadá (0-1) e Países Baixos (1-3), para, depois, serem afastadas pela Inglaterra (0-3), que acabou no quarto posto.
No total, os Camarões somam três vitórias e cinco derrotas, com 12 golos marcados e 12 sofridos, para um total de nove pontos, que os colocam no 18.º lugar do ‘ranking’ dos Mundiais, como segunda equipa africana, atrás da Nigéria (14.º), a sua ‘carrasca’ no apuramento continental.
Quanto à Tailândia, seleção com melhor ‘ranking’ FIFA (41.º) entre as não cabeças de série - as que podiam calhar em sorte a Portugal -, também esteve nos dois últimos Mundiais, mas com resultados bem mais modestos, ao somar duas eliminações na fase de grupos, com uma vitória e cinco derrotas.
As tailandesas entraram mesmo para a história pela negativa, ao serem goleadas pelos Estados Unidos por 13-0, em 11 de junho de 2019, num embate em que Alex Morgan marcou cinco golos.
Na sua história, Portugal nunca defrontou os Camarões e venceu o único embate com a Tailândia, por 4-1, em 06 de outubro de 2018, no Torneio das Quatro Nações, num embate em que Carolina Mendes saltou do banco para conseguir um ‘hat-trick’.
Em Hamilton, e antes de defrontar Camarões ou Tailândia, Portugal joga com a anfitriã Nova Zelândia, em 17 de fevereiro, num particular integrado no ‘play-off’ Intercontinental, que atribui as últimas três vagas na prova e serve também de teste para a competição.
Presente nos dois últimos Europeus, em 2015 e 2022, ‘tombando’ em ambos na fase de grupos, a seleção das ‘quinas’ procura a primeira presença num Mundial.
A seleção lusa chegou ao ‘play-off’ Intercontinental ao ser segunda do Grupo H europeu de apuramento, atrás da Alemanha, e qualificar-se para o ‘play-off’ continental, no qual bateu em casa Bélgica (2-1) e Islândia (4-1 após prolongamento).
Para a fase final, estão já definidas 29 das 32 seleções, 11 da Europa, nomeadamente Suécia, Espanha, Inglaterra, Dinamarca, Noruega, Alemanha, França, Países Baixos, Itália, Suíça e Irlanda.
As outras formações já qualificadas são as anfitriãs Austrália e Nova Zelândia, mais China, Japão, Filipinas, Coreia do Sul e Vietname (Ásia), Marrocos, Nigéria, África do Sul e Zâmbia (África), Canadá, Costa Rica, Jamaica e Estados Unidos (CONCACAF) e Argentina, Brasil e Colômbia (América do Sul).
A fase final do Mundial feminino de 2023 realiza-se na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto.
Comentários