O presidente do Trofense, Franco Couto, desdramatizou hoje os efeitos da penhora efetuada pela Autoridade Tributária após se verificar o incumprimento de seis prestações do Plano Especial de Recuperação (PER) e do Plano de Insolvência.
Em declarações à Lusa, o dirigente do clube do Campeonato de Portugal de futebol, confirmou a visita dos agentes fiscais, na terça-feira, ao estádio, bem como os seis meses de mensalidades em atraso, justificando-o por "não haver dinheiro para tudo".
"Eles foram confirmar a penhora feita em 2012, os pertences continuam lá", afirmou o dirigente, não se pronunciando sobre a penhora das taças e material informático, que uma fonte do clube deu conta à Lusa.
O Trofense foi declarado em novembro de 2006 insolvente pelo Tribunal de Santo Tirso, e tem 13 anos para pagar cerca de 1,5 milhões de euros, reagindo o clube com a entrega de um PER.
O crédito reclamado ultrapassa os 7,86 milhões de euros (ME), 73% dos quais em nome individual ou através de empresas relacionadas com a sua família, pelo antigo presidente, Rui Silva, dirigente que liderava o clube na época em que este militou no escalão principal do futebol português.
Obrigado, desde então, a pagar 150 prestações, "de 2.800 euros mais 6.000 euros mensais", segundo Franco Couto, por dividas do clube e da Sociedade Unipessoal por Quotas (SDUQ), o não pagamento nos últimos seis meses desses valores determinou a visita dos agentes fiscais.
Decorrente disto, ainda segundo a mesma fonte, "o clube e a SDUQ têm, a partir de terça-feira, a obrigação de saldar tudo de uma vez só", situação que o presidente do Trofense diz "só poder pagar assim que for constituída a SAD".
"Estamos à espera de uma assembleia geral para constituir uma SAD e quando assim for, a dívida de dois milhões será saldada", acrescentou o presidente do clube que revelou "haver um investidor interessado".
O dirigente reconheceu também uma dívida de 45 mil euros de IVA, pela transferência de Carter para o Benfica, afirmando ter agendada uma reunião nas Finanças para a próxima semana "onde será paga metade da dívida e agendado o resto para um mês depois".
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