A Federação Russa de Futebol (RFS) votou hoje contra a saída da UEFA, que a excluiu das suas competições desde o início da ofensiva na Ucrânia, por troca com a integração na confederação asiática (AFC), anunciou o organismo.
“Decidimos não ir [da UEFA] para a Ásia. Todos apoiaram esta decisão por unanimidade”, disse o vice-presidente da RFS, Akhmed Aidamirov, citado pela agência estatal russa de notícias TASS.
Segundo Mikhail Guerchkovitch, membro do comité executivo da federação russa, a votação contra a mudança por unanimidade reflete a falta de garantia de que a FIFA, órgão que rege o futebol mundial, aceitaria a referida mudança.
Uma transferência para a AFC também teria consequências financeiras significativas para os clubes russos.
“Decidimos continuar os contactos com a UEFA e ver como evolui a situação no próximo ano”, acrescentou Mikhail Guerchkovitch, citado pela também agência de notícias russa Ria Novosti.
Desde o início do ano, foi criado um grupo de trabalho com a UEFA para discutir uma possível reintegração dos clubes russos nas competições europeias (Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência) e da seleção em torneios continentais.
Nesta temporada, nenhum clube russo participa nas competições da UEFA e a seleção da Rússia não participou nos últimos meses nas eliminatórias para o Euro2024, competição que terá lugar na Alemanha, de 14 de junho a 14 de julho do próximo ano.
A Federação Russa de Futebol (RFS) foi excluída de todas as competições organizadas pela UEFA em 28 de fevereiro de 2022, quatro dias após o início do ataque russo à Ucrânia.
Desde então, um debate agitou o mundo do futebol russo sobre o rumo a seguir, entre os apoiantes da saída da UEFA, correndo o risco de nunca mais poder regressar, e os que aguardam o possível fim do conflito na Ucrânia e das sanções ocidentais.
Em setembro, a UEFA autorizou a reintegração das equipas russas de sub-17 (tanto femininas como masculinas), mantendo a suspensão nas restantes formações, de clubes e seleções, uma decisão que não agradou em nada à Ucrânia e à Polónia, que ameaçaram boicotar as competições em que participem equipas russas.
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