A Federação Alemã de Futebol (DFB) manifestou-se hoje “frontalmente contra” a iniciativa “egoísta” de 12 clubes europeus, nenhum deles germânico, de criar uma Superliga europeia.
Em comunicado, a DFB refere que “o futebol deveria sempre reger-se pelo rendimento desportivo” e não por “interesses económicos e egoístas de alguns clubes”.
O organismo considera que o sistema de competições vigente é “solidário”, pois as equipas qualificam-se tendo em conta “as classificações obtidas nas respetivas competições nacionais”.
O organismo federativo alemão entende que “cada equipa deve decidir se quer continuar a ser parte solidária da organização do futebol, ou pensar apenas, de forma egoísta, nos seus interesses, fora da UEFA e das respetivas associações nacionais”.
A criação de uma Superliga europeia de futebol foi no domingo anunciada por 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália, que pretendem desenvolver uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, em oposição à UEFA.
AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham, treinado pelo português José Mourinho, “uniram-se na qualidade de clubes fundadores” da Superliga, indica o comunicado.
Os promotores da Superliga adiantam que a prova será disputada por 20 clubes, pois, aos 15 fundadores – apesar de terem sido anunciados apenas 12 -, juntar-se-ão mais cinco clubes, qualificados anualmente, com base no desempenho da época anterior.
Apesar de não ter sido anunciado o nome de qualquer clube alemão, circulam rumores que indicam a possibilidade de serem convidados o Bayern de Munique e o Borussia Dortmund, clubes que ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
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