Um dirigente do Terceira Basket e um agente de viagens, detidos numa investigação de crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, fraude fiscal e branqueamento de capitais, ficaram com a medida de coação de termo de identidade e residência.
O coordenador da Polícia Judiciária (PJ) nos Açores, João Oliveira, adiantou hoje à agência Lusa que os dois detidos, com 33 e 48 anos, foram ouvidos em primeiro interrogatório judicial na quinta-feira à tarde no Tribunal de Angra do Heroísmos e foi-lhes aplicada "a medida de termo de identidade e residência".
No decorrer desta operação, foram ainda constituídos mais três arguidos, suspeitos de envolvimento nesta atividade criminosa.
O coordenador da PJ nos Açores admitiu “em abstrato que possam vir a ser construídos mais arguidos” neste caso.
No comunicado enviado na quinta-feira, a PJ explica que no âmbito desta operação foram efetuadas na quarta-feira diversas buscas, nos Açores, em Lisboa e em Aveiro, e foi apreendida “elevada quantidade de elementos com relevância probatória, entre os quais documentação contabilística, bancária e contratual, correspondência e dados informáticos”.
Os dois detidos são suspeitos de, através da falsificação de documentos e faturação fictícia, receber indevidamente reembolsos de viagens, ao abrigo do subsídio social de mobilidade em vigor na Região Autónoma dos Açores, lesando dessa forma o erário público em valores que ascendem a várias centenas de milhares de euros.
A operação ‘Boa Viagem’, do Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada da PJ contou com a colaboração de outras unidades da PSP, no âmbito de um inquérito que é tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Angra do Heroísmo.
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