Um grupo de deputados do Parlamento Europeu, entre eles cinco portugueses, subscreveram uma carta ao presidente da UEFA para que tome medidas urgentes contra o racismo e a discriminação.
Os deputados portugueses subscritores da missiva são Margarida Marques, Marisa Matias, Álvaro Amaro, Isabel Carvalhais e José Gusmão.
“Estamos chocados com os incidentes racistas e discriminatórios que ocorreram na semana passada em várias ligas de futebol e em jogos internacionais (…). Escrevemos-lhe como membros do Parlamento Europeu para que a UEFA tome ações urgentes contra o racismo e a discriminação. Acreditamos que ninguém na comunidade do futebol tenha de tolerar discriminações de qualquer natureza”, pode ler-se na carta endereçada ao esloveno Aleksander Ceferin, presidente da UEFA.
O grupo de deputados europeus, numa carta também assinada por Margarida Marques, Marisa Matias, Álvaro Amaro, Isabel Carvalhais e José Gusmão, elogia a ação do dirigente neste domínio, mas entende que são necessárias mais ações.
“Acompanhamos a sua liderança e a condenação imediata do racismo e da discriminação tal como as medidas inseridas no protocolo que fornecem aos árbitros e aos jogadores orientações de como devem agir em casos de racismo e discriminação. Contudo, acreditamos que são necessárias outras medidas”, acrescentam.
Desde logo, assegurar que o protocolo “é devidamente cumprido pelos árbitros, incluindo o encaminhamento dos jogadores para os balneários e a suspensão do jogo, acabar com as sanções simbólicas, impondo outras mais pesadas em casos repetidos de racismo e discriminação nos estádios, incluindo a expulsão de clubes e países das competições”.
Por outro lado, os deputados subscritores da carta apelam ao “incremento do investimento e do apoio para iniciativas educacionais” contra o racismo e a discriminação, considerando “ser imperativo de todos a luta contra a intolerância” e exigindo “mais ações para a combater”.
“Temos de garantir que todos as autoridades do futebol e os adeptos tenham a noção das consequências dos seus atos”, pode ainda ler-se na missiva, na qual os deputados europeus fazem saber a Aleksander Ceferin que esperam uma resposta à carta e conhecer as ações que irá tomar doravante para combater o fenómeno.
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