Centenas de pessoas participaram hoje nas cerimónias fúnebres do treinador do futebol Vítor Oliveira, prestando uma última homenagem ao técnico de 67 anos, popularmente apelidado de ‘rei das subidas’, que morreu no último sábado.
Na cerimónia, que decorreu no Tanatório de Matosinhos, reuniram-se jogadores, treinadores e dirigentes, de vários clubes, mas sobretudo muitos amigos de Vítor Oliveira, tal como o selecionador nacional Fernando Santos, que foi um dos primeiros a chegar ao local.
"Era um grande amigo, um companheiro de muitos anos, o que torna este momento muito difícil. É complicado falar de alguém tão bom como o Vítor. Estava habitado a estar com ele sistematicamente e falar de muitas coisas da vida, e, por isso, esta é uma perda que me marca muito", disse, emocionado, o selecionador.
Também Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol, marcou presença nesta última despedida a Vítor Oliveira, lembrando "um homem que marca o passado e presente do futebol profissional em Portugal".
"Mais do que a morte de um grande treinador, é a partida de um grande homem. Infelizmente estes últimos tempos têm sido marcados por perdas de gente importante, que teve um papel relevante. Tem ser um momento de união, reconhecendo pessoas como o Vítor Oliveira que tudo deram para termos um futebol diferente", disse Pedro Proença.
Vários colegas de profissão também se associaram ao momento, lembrando mais que o adversário dentro do campo, o "grande homem que foi fora dos relvados e o exemplo que deixou".
"Nestes anos em que o Vítor esteve no futebol todos reconhecemos a postura e dignidade com que ele exerceu esta profissão. Falamos muitas vezes dos êxitos e títulos que ele conquistou, mas isso é insignificante perante o exemplo de homem que foi. Quem privou com ele percebe bem a falta que vai fazer", disse José Mota, treinador e ex-jogador.
Esse sentimento foi partilhado também por outros atletas que foram orientados por Vítor Oliveira, com vários deles a deixaram um testemunho de "saudade" por esta partida de Vítor Oliveira.
"Foi um treinador chave na minha carreira, o meu pai no futebol. Parte mais uma pessoa muito importante de quem vou sentir muita falta. É um momento triste e doloroso para p futebol, com a partida de um homem que é uma referência e um exemplo para tanta gente. Deixa um legado de verdade e coerência no futebol, que espero saber transmitir á novas gerações", disse o guarda-redes Beto, atualmente ao serviço do Leixões, o ‘clube do coração' de Vítor Oliveira.
Mas outros vários emblemas pelos quais Vítor Oliveira passou, como Gil Vicente, Paços de Ferreira, Arouca, Leixões, Chaves, entre outros, prestaram a homenagem nesta cerimónia, onde participou, também, a autarca de Matosinhos Luísa Salgueiro, ou Fernando Gomes, administrador e ex-jogador do FC Porto.
Vítor Oliveira, que morreu sábado em Matosinhos, aos 67 anos, ficou conhecido como ‘rei das subidas', ao conseguir 11 promoções ao principal escalão, em 18 presenças, ao serviço de Paços de Ferreira (1991 e 2019), Académica (1997), União de Leiria (1998), Belenenses (1999), Leixões (2007)), Arouca (2013), Moreirense (2014), União da Madeira (2015), Desportivo de Chaves (2016) e Portimonense (2017).
Em mais de 30 anos, entre 1978 e 2020, comandou Famalicão, Portimonense, Maia, Paços de Ferreira, Gil Vicente, Vitória de Guimarães, Académica, União de Leiria, Sporting de Braga, Belenenses, Rio Ave, Moreirense, Leixões, Trofense, Desportivo das Aves, Arouca, União da Madeira, Desportivo de Chaves e Paços de Ferreira.
Como futebolista, vestiu as camisolas de Leixões, Paredes, Famalicão, Sporting de Espinho, Sporting de Braga e Portimonense.
Liga Portuguesa de Futebol Profissional e Federação Portuguesa de Futebol decretaram um minuto de silêncio nos jogos a realizar durante este fim de semana, em memória de Vítor Oliveira.
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