Dorival Júnior, selecionador nacional brasileiro, afirmou que a seleção e os jogadores estão a passar por um "momento difícil" na sequência das condenações por violação dos ex-jogadores Robinho e Dani Alves. A equipa brasileira e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foram criticadas pelo seu silêncio em relação aos casos dos antigos internacionais do 'escrete'.
Robinho começou a cumprir uma sentença de nove anos no Brasil por participar numa violação coletiva em Itália em 2013, enquanto que Dani Alves foi condenado a quatro anos e meio por violar uma jovem numa discoteca de Barcelona em 2022.
"Como treinador da seleção nacional, tenho a obrigação de falar. Primeiro, acho que é uma situação muito delicada. Penso nas famílias e especialmente nas vítimas afetadas por esses casos que ocorrem todos os dias no nosso país e pelo mundo", disse Dorival antes encontro particular de sábado contra a Inglaterra em Wembley.
O treinador brasileiro disse que a situação de Robinho, com quem ele trabalhou no Santos, é particularmente dolorosa para si.
"Se for provado que houve algum crime, ele deve ser punido, mesmo que doa o meu coração dizer isso sobre uma pessoa com quem sempre tive uma relação excecional. Não tive a oportunidade de trabalhar com o Daniel, mas todos conhecemos a sua história dentro do futebol. É um momento difícil para todos nós nos expressarmos nessas situações", acrescentou o treinador de 61 anos.
Em comunicado na sexta-feira, a CBF descreveu os casos como "vergonhosos", expressando o seu apoio "às vítimas dos dois crimes brutais cometidos por ex-jogadores".
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, acrescentou que num ambiente onde "o machismo reina", os homens devem "lutar não apenas contra a violência sexual, mas contra todos os tipos de violência".
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