Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, esteve presente num podcast e falou sobre alguns assuntos relacionados com o clube espanhol, bem como o seu percurso enquanto técnico.

Ao ator Giacomo Poretti, o italiano revelou que foram várias as discussões que teve com alguns jogadores ao longo da carreira, enaltecendo que sempre procurou resolver os conflitos.

“Gostaria de ser uma mosca para escutar o que diz um jogador quando não joga e volta para casa. Muitos jogadores discutiram comigo e muitos jogadores tiveram problemas comigo, mas no final resolveu-se tudo. Havia um jogador, cujo nome não direi, que, quando falava comigo, punha uma toalha na cara para não me ouvir. Foi no início da sua carreira. Um dia, disse-lhe: ‘Não podemos continuar assim’. Há jogadores que, quando os deixas no banco, custa-lhes cumprimentar-te de manhã. Aí, confundem a pessoa com o jogador”, afirmou.

Ancelotti falou sobre Vinícius Júnior e lembrou os ataques racistas de que o internacional brasileiro é alvo, defendendo que "há que dar muitos passos à frente". Para além disso, o treinador dos merengues evidenciou a qualidade de Mbappé, acreditando que o talento do avançado vai além do trabalho.

“Mbappé não chegou a este nível por treinar desde o primeiro dia da sua vida, mas sim porque a Mãe Natureza lhe deu um talento especial. Ele soube geri-lo com compromisso e sacrifício e os jovens devem utilizar o desporto para aprender, é uma escola da vida.”

A título de curiosidade, Carlo Ancelotti explicou a razão para utilizar pastilhas durante os jogos e de que forma é que isso o ajuda.

“Alguns criticam-me por isso, mas quando começa o jogo, as minhas pulsações estão a 120. Agora, por exemplo, estão a 63. Talvez a pastilha me ajude”, disse.

Recorde-se que Carlo Ancelotti leva um longo percurso enquanto treinador, tendo estado ao leme de alguns dos melhores clubes. Milan, Chelsea, PSG e Bayern Munique são alguns dos exemplos de equipas que já orientou.