No regresso ao Estádio Municipal de Braga, a equipa portuguesa materializou a superioridade inicial com o golo de Abel Ruiz, aos 19 minutos, mas a equipa gaulesa empatou aos 52, por Dimitri Payet, impondo aos ‘arsenalistas’ o quarto empate seguido em sete ‘ensaios’ já cumpridos na pré-temporada.

Ainda sem a velocidade habitual das competições oficiais, o Braga exprimiu, ao longo da primeira parte, alguns dos princípios que o distinguiram na época passada, como a propensão ofensiva do elemento ‘encostado’ à ala direita ou a procura pelas desmarcações dos avançados para os deixar em posição de atirar à baliza.

Emprestado à Académica na temporada 2020/21, Fabiano regressou ao clube ‘arsenalista’ e surgiu no lugar que, nas quatro temporadas anteriores, foi ocupado por Ricardo Esgaio, reforço do Sporting, tendo-se mostrado interventivo na faixa direita e assistido Galeno para o primeiro lance de perigo, aos dois minutos.

Na esquerda, os bracarenses apresentaram um futebol mais ‘pensado’ e, depois da assistência de Sequeira para o remate ao lado de Galeno, aos 15 minutos, chegaram mesmo ao golo aos 19, noutro lance descaído para essa ala: isolado por Fransérgio, Abel Ruiz atirou rasteiro e em arco, fora do alcance do ‘veterano’ Steve Mandanda.

O golo minhoto ‘pausou’ ainda mais a dinâmica do encontro, com os pupilos de Carlos Carvalhal a controlarem o desafio a meio-campo diante de um Marselha quase sempre incapaz de ‘contornar’ a ‘teia’ defensiva vermelha e branca e de construir qualquer ataque digno de nota até ao intervalo.

Depois da troca de Raul Silva, com uma ferida na cabeça após choque com Sequeira, por Tormena, aos 43 minutos, a turma portuguesa reatou o jogo com sete ‘novidades’ - Tiago Sá, Castro, João Novais, Lucas Piazón, o ‘regressado’ Fábio Martins e os reforços Tiago Esgaio e Mario González.

O conjunto do sul de França empatou numa fase em que a toada da segunda parte estava ainda indefinida: Dimitri Payet beneficiou de um alívio ‘defeituoso’ de Fabiano para rematar ao ângulo superior esquerdo da baliza.

Mais confortável em campo após o golo marcado, o Marselha ameaçou a reviravolta pelo recém-entrado Bamba Dieng, aos 59 minutos, e foi a equipa que mais fluidez apresentou no seu jogo ao longo da segunda metade, apesar dos minhotos terem chegado ocasionalmente à baliza gaulesa, como num remate de Roger, extremo de 15 anos, ao minuto 76.