É considerado um dos maiores dérbis do mundo, senão mesmo o maior. Boca Juniors e River Plate dividiram o berço, mas acabaram por crescer em lados opostos de Buenos Aires, protagonizando uma das rivalidades mais apaixonantes do mundo do futebol. O jornal inglês ‘The Observer’ chegou a escrever que o ‘Superclásico’ faz parecer o ‘Old Firm’ (o dérbi de Glasgow, entre Rangers e Celtic) “um jogo da escola primária”.
A história da rivalidade entre os dois colossos argentinos remonta ao início do século XX, quando ambos os clubes foram fundados num dos mais carismáticos bairros da cidade de Buenos Aires: La Boca.
No entanto, o que começou por ser uma rivalidade de bairro acabou por dominar quase por completo o futebol argentino, tanto em termos de adeptos (cerca de 40% dos argentinos são do Boca e 30% do River) como de títulos nacionais conquistados (40 pelo River e 34 pelo Boca). Coube ao River vencer a única final da Taça Libertadores disputada contra o eterno rival, em 2018, apesar de o Boca ter mais títulos internacionais ganhos (18-12).
Volvidos 107 anos desde o primeiro duelo (1913), Boca e River defrontaram-se em 261 ocasiões, com uma ligeira vantagem para os ‘millionarios’ (os do River, que se mudou para uma zona mais abastada de Buenos Aires na década de 30), que somam 93 vitórias, contra 89 dos ‘xeneizes’ (os do Boca, em referência às origens genovesas de muitos deles).
"A nível de clubes, o Boca-River foram os jogos mais importantes e com mais paixão que joguei em toda a minha vida. É preciso perceber que a rivalidade entre estes dois emblemas confunde-se com a história de mais de cem anos do futebol argentino. O Boca-River é uma consequência do que aconteceu há mais de cem anos, não é um produto inventado pelos media. E os futebolistas que o jogam sentem isso", explicou Gabriel Batistuta, que jogou nos dois rivais, à imprensa argentina.
Dividiram o berço, mas cresceram em lados opostos
A história da rivalidade entre os dois colossos argentinos remonta ao início do século XX, quando ambos os clubes foram fundados no bairro La Boca, uma zona portuária situada no sudeste de Buenos Aires, maioritariamente habitada por emigrantes italianos.
O River nasceu em 1901 com a camisola branca, que a partir de 1905 ganhou a caraterística diagonal vermelha. O clube ganhou o seu nome de uma inscrição num caixote que um dos seus fundadores viu enquanto trabalhava no porto. O caixote vinha de Inglaterra e tinha escrito “River Plate”, o nome que os ingleses davam ao Rio de la Plata.
Em 1905 nascia o Boca Juniors, fundado por emigrantes genoveses, (‘xeneizes’ no dialeto local, alcunha ainda hoje utilizada). Conta a lenda que em 1906, o Boca e o Nottingham de Almagro, duas equipas com equipamentos iguais (riscas brancas e pretas verticais) fizeram um jogo para decidir quem teria o direito de manter as cores. O Boca perdeu e o presidente Juan Brichetto optou por deixar o destino decidir: o clube passaria a usar as cores da bandeira do primeiro navio a chegar ao porto, no dia seguinte. O navio era sueco.
"O Boca-River é uma consequência do que aconteceu há mais de cem anos, não é um produto inventado pelos media" - Gabriel Batistuta
A enormíssima proximidade entre os dois clubes (estavam a três ruas de distância) durou pouco tempo, com o River a deambular por vários bairros de Buenos Aires, antes de se fixar, na década de 30, em Belgrano, zona mais endinheirada, situada a 13 quilómetros de distância. O facto de muitos dos seus apoiantes serem provenientes da classe alta e média-alta fez com que o clube passasse a ser conhecido como ‘los millionarios’.
Esta mudança foi encarada como uma traição por parte dos habitantes de La Boca, de origem bastante mais humilde. Apesar de ambos os clubes terem adeptos dos mais variados estratos sociais, ainda hoje o Boca é considerado o clube do povo e o River dos ricos.
E assim nasceu uma rivalidade
Existem duas versões sobre o primeiro ‘Superclásico’ oficial do futebol argentino. A maioria defende que o primeiro jogo entre Boca e River aconteceu a 24 de agosto de 1913, no estádio do Racing, e terminou com a vitória dos ‘millionarios’ por 2-1. Mas também há quem defenda que existiu um jogo anterior em agosto de 1908, e que essa partida foi ganha pelo Boca Juniors (2-1). O desafio terá sido disputado num campo em Dársena Sur, apesar de não existirem registos claros sobre o que aconteceu.
Com o aparecimento do profissionalismo no futebol argentino, em 1931, a rivalidade entre Boca e River acentuou-se sobremaneira, com as duas equipas a dividirem doze dos primeiros quinze títulos de campeão nacional. Em 1938, o River inaugurou o seu mítico Estádio Monumental, três anos depois, o Boca inaugurava o não menos histórico La Bombonera.
A década de 40 marca um período de glória na história do River, graças ao contributo de ‘La Maquina’, uma equipa composta por um quinteto ofensivo com Juan Carlos Muñoz, José Manuel ‘El Charro’ Moreno, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna e Félix Loustau, que contribuiu para quatro títulos em sete anos. Di Stéfano, que chegaria ao clube três anos mais tarde, não teve dúvidas em considerá-la a melhor equipa de sempre.
E por falar em Di Stéfano, antes de se notabilizar no Real Madrid, o avançado viveu um dos episódios mais insólitos da carreira precisamente num dérbi entre Boca e River, a 30 de julho de 1949. Os ‘milionários’ recebiam os ‘xeneizes’ no Estádio Monumental, quando o guarda-redes da equipa, Amadeo Carrizo, levou com uma bola no estômago e teve de deixar durante alguns minutos o relvado para ser assistido. Di Stéfano ofereceu-se para ir para a baliza e ainda esteve seis minutos entre os postes, até o guardião recuperar. Não sofreu qualquer golo e o River venceu por 1-0.
Um historial de violência e o dia mais negro do Superclássico
As décadas de 60 e 70 marcaram a hegemonia do Boca Juniors no futebol argentino. Por esta altura a rivalidade entre os dois clubes ganhava proporções cada vez mais violentas, com o exemplo máximo a acontecer a 23 de junho de 1968, naquela que é conhecida como “a tragédia da porta 12”.
71 adeptos do Boca Juniors morreram esmagados contra a porta 12 do Estádio Monumental nos minutos finais de um River-Boca, na sequência de uma situação de pânico na bancada dos adeptos visitantes. A maioria das vítimas era bastante jovem (a média de idades foi de 19 anos). Outros 150 adeptos ficaram feridos, muitos com gravidade.
“Por causa da pressão humana, aconteceu um efeito raríssimo: começámos a sair do chão. Eu estava a flutuar a quase meio metro do chão, sem me poder mexer, até que a certo momento essa pressão cedeu e começámos a rolar uns por cima dos outros. Foi então quando o meu melhor amigo, Guido Von Bernard, morreu ao bater com a cabeça numa das paredes do túnel. Tive a sorte de cair em cima de um corpo que já estava sem vida, enquanto muita gente caía em cima de mim”, contou Juan Nicholson, um dos sobreviventes da tragédia, ao jornal La Nación.
Algumas pessoas afirmaram que o desastre aconteceu depois de apoiantes do River terem invadido a bancada onde estavam concentrados os adeptos visitantes, causando a sua debandada. Outra versão alega que os adeptos que foram saindo encontraram a grade de segurança da porta trancada, ficaram sem hipóteses de sair ou voltar a subir as escadas, porque a avalanche de pessoas em direção à porta continuava.
Após três anos de investigação, ninguém foi considerado culpado. A memória da tragédia levou a que as portas do Monumental passassem a ser identificadas por letras em vez de números.
Ainda assim, volvidos tantos anos, um dérbi entre Boca Juniors e River Plate continua a somar episódios polémicos e de violência, seja entre adeptos ou dentro das quatro linhas. A rivalidade chega a ser tão doentia que em 2009, num jogo do escalão de sub-14, os jogadores de ambas as equipas envolveram-se numa autêntica batalha campal.
Outro jogo marcante (pela negativa) entre as duas equipas aconteceu em maio de 2015, na segunda mão dos oitavos de final da Taça Libertadores. Quando as duas equipas regressavam dos balneários para o relvado na segunda parte, adeptos do Boca lançaram gás pimenta na direção dos jogadores do River que se encontravam ainda no túnel. Os atletas tiveram de ser assistidos em pleno relvado, o árbitro esperou alguns minutos, mas deu por encerrado ali o jogo. Na secretaria, o River acabou por ser apurado e seguiu até à vitória final, perante os mexicanos do Tigres.
E não podia deixar de haver jogos caricatos, como o de 1986, na Bombonera, em que os jogadores do River resolveram fazer uma volta de honra antes do começo do jogo, irritando os adeptos do Boca ao ponto de estes atirarem tanto papel higiénico para o campo que a bola teve de ser trocada para se distinguir dos rolos arremessados.
Em 2013, a Federação Argentina de Futebol, juntamente com o governo, decidiu proibir a presença de adeptos visitantes nos jogos do campeonato, para pôr termo à crescente onda de violência nos estádios argentinos, que resultou em vários mortos em estádios ou nas imediações dos recintos. Esta medida também se verificou na histórica final da Taça Libertadores entre Boca e River, em 2018.
A chegada do eterno 10
Perante o domínio do Boca, o River teve de esperar 18 anos para voltar a sagrar-se campeão argentino, em 1975. Seguiu-se uma nova era de domínio branco-vermelho, enquanto o Boca Juniors se internacionalizava e conquistava duas Taças Libertadores (1977 e 1978) e uma Intercontinental (1977).
Em 1981, chegava ao Boca, proveniente do Argentinos Juniors, Diego Armando Maradona. A história de como tudo aconteceu é curiosa: o River ofereceu uma proposta irrecusável pelo craque, mas o desejo de representar o clube do coração fez com que Maradona, mesmo sem ter uma proposta no papel, anunciasse que seria do clube ‘xeneize’ na temporada seguinte.
"Já joguei um Barcelona-Real Madrid, mas um Boca-River é muito diferente. É como dormir com a Julia Roberts" - Diego Armando Maradona
“A história foi inventada por mim. O River tinha feito uma oferta muito interessante, mas o meu coração pertencia ao Boca. As conversas [com o River] já estavam adiantadas quando , mas passava que na minha casa o coração estava no Boca… As conversas já estavam adiantadas [com o River Plate] quando recebi uma chamada do Franconieri [jornalista]: ‘Já está tudo acertado com o River?’ Fiquei em silêncio a pensar e logo de seguida disse: ‘Não vou assinar porque o Boca chamou-me’. Não sei explicar, foi o que me lembrei naquele momento. Naquela tarde, o Crónica [jornal] apareceu com um título bem grande: ‘Maradona no Boca’. Só faltava que o Boca me contratasse… E contratou”, conta o próprio Maradona no seu livro “Eu sou El Diego”.
O Boca pagaria quatro milhões e seis jogadores por Maradona e, dois meses depois, ‘El Pibe’ iria defrontar o seu primeiro ‘Superclásico’ na Bombonera. A 10 de abril, numa noite chuvosa, o Boca ganhou 3-0, com Maradona a marcar um golo depois de uma jogada em que deixou vários adversários pelo caminho.
Mais tarde, Maradona definiu de forma curiosa a atmosfera que rodeia o ‘Superclásico’: "Já joguei um Barcelona-Real Madrid, mas um Boca-River é muito diferente. É como se o nosso peito inchasse. É como dormir com a Julia Roberts."
Foi também num Boca-River que nasceu uma das imagens mais icónicas de sempre do futebol mundial: o beijo na boca entre Maradona e Claudio Caniggia. Os ‘xeneizes’ estavam a ser criticados pelo rendimento que apresentavam, enquanto o River vinha de conquistar a Taça Libertadores. Mas nesse jogo na Bombonera, a 14 de julho de 1996, Caniggia assinou um ‘hat-trick’ para a vitória por 4-1 do Boca. Maradona não resistiu e beijou o colega na boca, num momento que ficou conhecido como ‘O Beijo da Alma’.
Maradona deixou o Boca em 1982, já campeão argentino (fez 40 jogos e marcou 28 golos), para representar o Barcelona. Voltaria ao clube do coração em 1995, e foi precisamente num ‘Superclásico’ de 1997 no Monumental que ‘El Pibe’ se despediu dos relvados, deixando um legado de cinco golos em sete jogos frente ao River.
A rivalidade entre os dois clubes foi por momentos esquecida com a morte de Maradona, no passado dia 25 de novembro. Nas redes sociais foram partilhadas várias imagens que mostram a união entre adeptos do Boca e do River, inconsoláveis pelo desaparecimento da glória argentina.
Pelos dois clubes passaram alguns dos melhores jogadores sul-americanos de sempre. Pelo Boca, além de Maradona, atuaram Juan Riquelme, Martin Palermo – ambos faziam parte da equipa que bateu o Real Madrid na Taça Intercontinental, em 2000 – Tévez, Batistuta ou Caniggia. Nico Gaitán representava os ‘xeneizes’ antes de se mudar para o Benfica, em 2010. O inverso aconteceu com Eduardo ‘Toto’ Salvio’, que se transferiu da Luz para a Bombonera em 2019.
Do lado do River houve Di Stefano, Mario Kempes, Daniel Passarella, Enzo Francescoli, River atuaram Di Stéfano, Mario Kempes, Enzo Francescoli, Marcelo Salas, Hernán Crespo, Mascherano, entre outros. Bem conhecidos dos portugueses são Javier Saviola, Pablo Aimar (Benfica), Lucho González e Radamel Falcao (FC Porto).
E, como seria de esperar numa história de rivalidade entre dois clubes, foram vários os jogadores que provocaram a ira dos adeptos ao mudarem-se para o outro lado da barricada. O primeiro foi Cataldo Spitale, que em 1933 trocou o Boca Juniors pelo River Plate. O primeiro de uma lista enorme, que inclui 98 (?) nomes.
Um deles é o de Gabriel Batistuta. O argentino chegou ao River Plate com 20 anos, mas entrou em rota de colisão com o treinador Daniel Passarela e só ficou uma época, transferindo-se diretamente para o Boca, onde também só se manteve uma temporada, mas em alto nível, tendo sido o melhor marcador da equipa, com 19 golos, e conquistando o campeonato. Acabaria por se mudar para a Fiorentina.
Oscar Ruggeri passou a ser ‘persona non grata’ no Boca, o clube do coração. O defesa central fez a formação nos ‘xeneizes’ e jogou quatro temporadas na equipa sénior, mas um conflito com a direção do clube fê-lo pedir a rescisão do contrato. Acabou por surpreender ao mudar-se para o River, onde se tornou uma lenda.
“A mudança de clube foi muito difícil. Um dos lados olha-te como um traidor e no outro não confiam em ti. Precisas de tempo para te adaptar e muito caráter para conquistar as pessoas”, chegou a admitir.
Em sentido inverso, Claudio Cannigia é um dos poucos jogadores que é simultaneamente querido por adeptos do River Plate e do Boca Juniors. O avançado iniciou a carreira nos ‘milionários’, mudou-se para o futebol europeu, onde chegou a representar o Benfica, e regressou à Argentina aos 28 anos, para jogar no Boca.
Trocas de poder e a histórica final da Libertadores… no Santiago Bernabéu
Boca e River viveram em determinados períodos da sua história situações mais delicadas em termos desportivos. Depois da saída de Maradona, o emblema ‘xeneize’ ficaria sete anos sem conquistar nenhum troféu, ao passo que o seu rival, liderado por Enzo Francescoli, conquistou a primeira Libertadores da sua história, em 1986, e meses depois, em Tóquio, a Taça Intercontinental.
O domínio dos riverplatenses estendeu-se pelo início dos anos 90, mas o novo milénio trouxe um processo de declínio, que culminou na descida à II Divisão, em 2011. O River deixava de pertencer ao restrito clube das equipas que nunca tinham descido de divisão na Argentina, que ficou então limitado ao Boca e ao Estudiantes.
A fase descendente dos ‘milionários’ coincidia com nova hegemonia do seu rival, que entre 2000 e 2007 somou quatro títulos na Libertadores e duas Taças Intercontinentais. Por esta altura começava a dar cartas Carlos Tévez, jogador que, entretanto, regressou ao Boca depois de vários anos no futebol europeu.
Para a história fica o festejo do avançado, então com 20 anos, após marcar o golo do empate para o Boca em mais um polémico ‘Superclásico’. O River recebia o rival depois de ter perdido por 1-0 na primeira mão da meia-final da Libertadores de 2004. Lucho González abriu o marcador para os ‘milionários’, mas Tévez fez o 1-1 em cima do minuto 90, imitando uma galinha durante os festejos, numa clara provocação ao rival - ‘gallinas’ é um termo pejorativo usado pelos adeptos do Boca para se referirem ao River.
Esta celebração levou a que o árbitro mostrasse o vermelho direto ao ponta de lança. O River ainda chegou ao 2-1, mas acabou por ser derrotado nas grandes penalidades.
Com uma história tão longa, seria de esperar que os dois clubes se tivessem encontrado em finais inúmeras vezes, mas não foi o caso. Em 1976 o Boca venceu o Argentino; em 2017, a Supercopa Argentina foi para o River; e em 2018 os eternos rivais defrontaram-se pela primeira vez na história na final da Taça Libertadores. O que se seguiu foi uma autêntica novela.
Veja o emocionante vídeo sobre a final da Libertadores entre Boca e River
O jogo da primeira mão, na Bombonera, teve de ser adiado para o dia seguinte, devido ao mau tempo que se fazia sentir em Buenos Aires, terminando empatado 2-2. O mesmo voltaria a acontecer na segunda mão, com o encontro a ser adiado, mas desta feita na sequência de um ataque ao autocarro da equipa 'xeneize', na chegada ao Estádio Monumental. Vários jogadores ficaram feridos e tiveram de ser transportados ao hospital, o que levou a CONMEBOL a escolher nova data para a realização do desafio… e novo palco. O Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, foi o local escolhido para receber o embate.
Com muita polémica à mistura, o jogo decisivo mudou-se para a capital espanhola. A vitória sorriu ao River Plate, que conquistou a quarta Libertadores da sua história, ao vencer por 3-1, após prolongamento. Os 'millonarios' estiveram em desvantagem, mas acabaram por conseguir a reviravolta muito graças à entrada de Juan Quintero. O colombiano foi lançado na segunda metade, ajudou no golo do empate, e assinou ele próprio o segundo, com Gonzalo Martínez a fazer o 3-1 final.
Foi o último grande capítulo de uma rivalidade apaixonante, em que não faltam polémicas e episódios tristes, mas sobretudo grandes jogos que prometem ficar para a eternidade.
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